19 de agosto de 2012

Grandes eventos desportivos espalham estádios-fantasma pelo mundo fora

Paulo Curado
PUBLICO.PT Desporto - 16.08.2012
Nuno Ferreira Santos
Em 2011-12, o Estádio de Aveiro teve uma média de 4300 espectadores

São projectos muitas vezes efémeros, quase sempre megalómanos, ávidos sorvedouros das receitas dos contribuintes. São estas as conclusões de um relatório do Instituto Dinamarquês de Estudos Desportivos (IDED), publicado recentemente, que alerta para o peso dos legados das grandes organizações desportivas, construídos sem racionalidade ou planos de sustentabilidade. O Euro 2004 e parte da sua herança material, fardos atrofiantes para algumas autarquias, é visto como caso exemplar de desperdício de fundos.
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Um cenário desolador, mas perfeitamente previsível para este centro independente de investigação. A falta de um plano racional e sustentável dos equipamentos a prazo, que poderia ter passado por uma diminuição da lotação, após o fim do Euro 2004, para reduzir os custos de manutenção e adaptar os recintos às realidades futebolísticas locais, explica as dificuldades actuais.
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Em Inglaterra, ainda a viverem a ressaca dos Jogos, os contribuintes olham com apreensão para este passado de esbanjamento, enquanto especulam sobre o destino do Estádio Olímpico, onde investiram 590 milhões de euros. O seu futuro, que tem sofrido avanços e recuos nos últimos meses, continua incerto.
À partida, o projecto arquitectónico deixou aberta a possibilidade de adaptações, como a redução dos 80 mil lugares para 25 mil, através da remoção do anel superior.
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"Este estudo pretende ser uma espécie de memorando com um elenco dos erros que ciclicamente são cometidos. Em particular algo que raramente é feito, como perspectivar o futuro dos equipamentos construídos e promover a criação de um plano de actividades, pelo menos para a década seguinte"
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Link para o texto integral:
http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1559233

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