31 de janeiro de 2015

Solo agrícola e agricultura em espaço urbano: dinâmicas. O exemplo de Évora

Revista GOT - Geografia e Ordenamento do Território
n. 6 (2014)

Maria Freire, Isabel Ramos

Resumo:
O objetivo do artigo é melhorar o entendimento sobre o significado da componente agrícola em espaço urbano para as sociedades e perspetivar estratégias no sentido de promover o património solo agrícola e a permanência e sustentabilidade do uso agrícola em espaço urbano.

A metodologia de trabalho seguida compreende a análise da dinâmica de evolução urbana, associada à presença da agricultura em espaço urbano em Évora, numa perspetiva que inclui o seu significado nos domínios históricos, sociais, económicos, ecológicos e estéticos.

1. Introdução

A afirmação económica da cidade foi desde sempre acompanhada por uma significativa componente agrícola, assegurada nas áreas de maior proximidade ao núcleo urbano, em situações mais baixas e assim mais frescas e em solos mais férteis. Nas paisagens mais meridionais, entre esses espaços incluíam-se as tipologias de hortas, pomares, ferragiais, olivais, vinhas e as quintas, onde se produziam os produtos fundamentais para abastecer a cidade de frescos e matérias primas, comercializados pela atividade mercantil. No presente, muitas destas tipologias ainda perduram nos nossos espaços abertos, uma presença que é ainda reforçada pela toponímia.
Mais recentemente, a agricultura em espaço urbano expressa-se com objetivos e modos de realização distintos da agricultura tradicionalmente praticada nos campos agrícolas ligados à cidade. Correspondem-lhe ocorrências espontâneas ou organizadas, em espaços públicos ou privados, individuais ou coletivos e localiza-se dentro do perímetro urbano ou na periferia, uma atividade agrícola que inclui agricultores a tempo parcial ou total e com ou sem preparação técnica e/ou científica.
O objetivo da investigação é melhorar o entendimento sobre o significado da componente agrícola em espaço urbano para as sociedades e perspetivar estratégias no sentido de promover o património solo agrícola e a permanência e sustentabilidade do uso agrícola em espaço urbano.
Se, no passado, a componente agrícola urbana estava intrinsecamente ligada aos domínios sociais e económicos, no presente relaciona-se ainda com os domínios ecológicos e pedagógicos. Esta presença traduz-se assim numa maior proximidade à natureza, como forma de procura de maior qualidade de vida urbana, combinando-se com os anteriores domínios sociais e económicos, desde sempre mais pronunciadas em tempo de crise.
Reconhecem-se que são muito diversas as dificuldades de implantação e manutenção de atividades agrícolas em espaço urbano. Desde a não integração da função produtiva agrícola no ordenamento e planeamento urbano (planos diretores, planos estratégicos, planos de urbanização e planos de pormenor), às dificuldade de acesso aos terrenos vazios (devolutos ou onde as anteriores funções/atividades entraram em processo de decadência e/ou abandono), aos obstáculos legislativos que se relacionam com a valorização dos solos com maiores potencialidades para a produção de biomassa em espaço urbano e, naturalmente ainda, aos conhecidos problemas relacionados com o acesso à água.
Argumenta-se nesta investigação a necessidade de legitimar a maior visibilidade que a agricultura urbana tem vindo a ganhar, através de um enquadramento legal que garanta maior operacionalidade desta função em espaço urbano. Assim, por um lado lança-se o desafio da ativação de políticas públicas, que não só legitimem a função produtiva na cidade, integrando-o entre as funções urbanas, como favoreçam a sua reconversão funcional, fundamental no solucionar de alguns problemas urbanos decorrentes de opções irracionais e/ou especulativas; por outro lado, esse desafio sustenta-se no pressuposto da necessidade de dinâmicas integradas, com articulação dos várias domínios que estão associados à presença da agricultura em espaço urbano – os económicos, sociais, culturais e ecológicos.
A metodologia de trabalho seguida compreende a análise da dinâmica de evolução urbana, associada à presença da agricultura em espaço urbano, numa perspetiva que inclui o seu significado nos domínios históricos, sociais, económicos, ecológicos e estéticos. Uma pesquisa que é centrada no caso-estudo de uma cidade antiga, de média dimensão, localizada no interior sul de Portugal – a cidade de Évora.

2. Conceitos

3. O espaço urbano e a agricultura

4. A cidade de Évora
4.1 Agricultura e a cidade – dinâmica e evolução
4.2. A recente reabilitação de agricultura em espaço urbano – hortas urbanas

5. Uma proposta para a permanência e sustentabilidade do uso agrícola em espaço urbano

A evolução verificada nas dinâmicas urbanas ao longo dos tempos demonstram que, apesar de o crescimento urbano estar associado ao aumento do edificado, a agricultura em espaço urbano é uma constante – ainda que assumindo importância e forma diferenciadas decorrentes da evolução das dinâmicas enunciadas, confirmados no caso estudo.
Atualmente, assiste-se a um renascer do interesse da atividade agrícola em espaço urbano, onde se evidenciam preocupações ecológicas, pedagógicas e culturais, a par das socioeconómicas, como anteriormente afirmado.
A integração de áreas agrícolas no modelo de desenvolvimento urbano – constituindo uma nova função na cidade, dando resposta programada a uma procura existente e ainda insuficiente e tirando partido dos benefícios que estas áreas proporcionam no espaço urbano – tem vindo a ser equacionada e defendida por diferentes autores de diversas áreas disciplinares.
Telles (1996) defende essa integração através do conceito de paisagem global, que expressa a inexistência de barreiras rígidas entre espaços urbanos e rurais. Uma proposta que, por um lado, reconhece as interdependências entre esses espaços e, por outro, pode ser observada como estrutura fundamental ao desenho da paisagem, convocando a integração das componentes naturais e culturais. Esta ideia é também defendida por Alexander et al. (1997), simbolizando-a nos dedos urbanos e dedos rurais entrelaçados. Carvalho (2003) apresenta uma ideia análoga, ao explorar o conceito de cidade campestre, que corresponde à interpenetração cidade/campo, ideia ainda valorizada no conceito de campo urbano por Donadieu e Fleury (2003) ou por Forman (2004) no conceito de mosaico paisagístico, ensaiado para a região de Barcelona. Matos (2010:286) considera a agricultura urbana “não apenas como um factor de produção mas também como detentora de um grande potencial para o recreio sob o ponto de vista social, económico, ecológico, cultural e estético [considerando-a] como uma estrutura fundamental na re-conceptualização do projecto do espaço urbano.”
Numa perspetiva de concretização destas ideias, Donadieu e Fleury (2003) defendem a necessidade de legitimar política e socialmente o regresso da agricultura nos espaços urbanos. Carvalho (2003:515) concretiza-o na proposta de criação do estatuto de áreas agrícolo-florestais de cidade, referindo que “(...) elas existem, actualmente, no território urbano, quase sempre expectantes, muitas vezes em processo de degradação, espreitando a oportunidade de se tornarem urbanizáveis”. O autor refere que estas áreas seriam constituídas pelas áreas de RAN e de REN intercalares ao espaço urbano (que poderiam ser revistas), complementadas com outras áreas onde as antigas estruturas agrícolas ainda estão presentes (podendo ser consideradas património) e por outras que conferissem estrutura e coerência ao conjunto. Com um estatuto específico traduzido em regras de ocupação claras, estas áreas “e, sobretudo, os seus programas de ocupação corresponderiam à recusa de ‘vazios’, à ideia de que não basta proibir a construção, de que é necessário que todos os espaços da cidade tenham uma função, e de que é necessário, também, planear [todos os espaços da] paisagem.” (idem:516).
Nesta perspectiva, no sentido de dar resposta àquela integração, é importante criar mecanismos que a possam concretizar de forma programada. Considera-se assim que, à semelhança de outras categorias de usos e funções estabelecidos nos diferentes planos – como espaços comerciais, industriais e habitacionais, entre outros – também a agricultura seja considerada uma classe de espaços, com áreas e regras de ocupação e proteção claras e bem definidas, dentro do perímetro urbano.
Para além da criação de novas áreas para este fim, considera-se fundamental, no momento presente, reavaliar as funções existentes e os valores em presença – particularmente nas áreas que no interior do perímetro urbano inicialmente se inscreviam dentro dos solos mais aptos à agricultura (RAN) e que entretanto foram desafectados. A proposta assenta na ideia de reconverter usos existentes e espaços programados associados a funções ‘consideradas urbanas’ – outrora criados numa lógica de resposta (excessiva) a uma procura (também excessiva) por espaços edificados (habitação, comércio e indústria) – áreas fortemente impermeabilizadas e presentemente em processo de declínio ou abandono e outras que se mantêm expectantes ao longo dos anos, face à realidade atual.
A esta reconversão funcional de usos existentes e/ou previstos, acrescem valores de importância única para a manutenção da sustentabilidade das cidades – revigorar a cultura da terra, com valorização do património natural e cultural, nomeadamente o património solo agrícola.
A nossa proposta vai assim mais longe na medida em que se considera que, para além das atuais áreas acima identificadas, as áreas edificadas em solo inicialmente rural e transformado em solo urbano (muitas delas com potencialidades para ser integradas em áreas RAN e que perderam o seu estatuto de proteção), sejam reconvertidas em áreas de solo rural e integradas nesta nova classe de espaços agrícolas a integrar na cidade.

6. Referências bibliográficas

Ver mais:
http://cegot.org/ojs/index.php/GOT/article/view/198

Ler artigo completo:
http://cegot.org/ojs/index.php/GOT/article/view/198/91

30 de janeiro de 2015

A explosão das formas urbanas na região do Porto

por:
António Ramalho
em:
CASU - Cadernos de Arquitectura e Sustentabilidade Urbana

As cidades encontram-se em permanente transformação, gerando, por sobreposição e adição, novas “formas urbanas”. Por vezes, tais formas induzem novos “modos de vida”.
No urbano em transformação as novas “formas urbanas” e os “modos de vida” agregados, em territórios de maior concentração populacional, têm vindo a realçar uma alegada cidade “ageográfica”, isto é, um tipo de cidade completamente nova, sem um “lugar” associado a ela, onde o acontecimento mais importante é o corte, a descontinuidade, a fragmentação.
Para isso têm contribuído as intervenções de requalificação nas áreas centrais / tradicionais desprendidas e excessivamente centradas na arquitectura dos “espaços públicos”, bem como o processo de urbanização das áreas de expansão periféricas em que a lógica é de sonegação daqueles espaços. Daí têm resultado preocupantes rupturas tipo-morfológicas e vivenciais.
É hoje indispensável uma abordagem disciplinar consubstanciada na ideia que “se o planeamento urbano e o urbanismo devem ser capazes de se adaptar a um contexto incerto e em mudança, a cidade construída deve também ela própria ser flexível, reutilizável, transformável” (Ascher, 1998). Acontece, porém, que essa abordagem disciplinar vem questionar o modelo “uma cidade – um centro”, verificando-se antes uma explosão das centralidades que nos obriga a passar da escala da “cidade-ponto” para a da “urbano-superfície”.
O urbanismo da “urbano-superfície”, como prática orientadora da expansão da “cidade conceptual” (entendida como a aceitação de um modelo formal tipo), é alicerçado na dicotomia “cidade contínua” / “cidade fragmentada”, ou em alternativa, na pródiga “cidade sem modelo”.
Já a urbanidade da “urbano-superficie”, no ensejo de readaptar a “cidade vivida”, é ponderada à luz dos novos “modos de vida”, suportados nos tempos e distâncias de deslocação, nos espaços da hipermobilidade e nos “espaços públicos”, que o poderão não ser (literalmente públicos), sem que tal reconhecimento constitua impedimento ao seu efectivo uso.
Esta nova cidade da contemporaneidade, no plano das políticas urbanas estratégicas, concretiza uma visão integradora e transversal (às “velhas” e às “novas” territorialidades), direccionando a competitividade para níveis supra-locais. Por outro lado, no plano das concepções urbanísticas reinterpreta a dicotomia “cidade contínua” / “cidade fragmentada”, derivando-a para outras considerações, como por exemplo, a “cidade das formas contínuas e das vivências fragmentadas” ou a “cidade das formas fragmentadas e das vivências contínuas”.
A contemporaneidade produz um mosaico urbano onde coexistem a dispersão e a aglomeração, usos variados e especializados, mobilidades polares (em direcção aos “centros”) e mobilidades tangenciais (em direcção a aglomerações mais recentes das “periferias”).
As novas territorialidades geradas constituem elementos fortes na estruturação das "urbano-superfícies", funcionando como indutoras de pontos ou eixos de atracção e aglomeração de funções e de emprego, produtoras de novas e diversificadas polarizações, organizadoras de novas lógicas de mobilidade e sistemas de relações, ora fragmentando, ora fomentando a coesão funcional.
São estas, genericamente, as grandes questões disciplinares hoje suscitadas pelas regiões urbanas emergentes, como a do Porto, que aqui nos servirá de estudo de caso.
A região urbana do Porto, que se tem vindo a formar por entre conurbações sucessivas há 40 anos a esta parte, compreende um amplo território urbanizado, evidenciando um sistema de povoamento disperso, não homogéneo, com concentrações / polarizações diferenciadas. Neste amplo território, que chega a atingir 120 km de norte a sul e 50 km de este a oeste, vivem cerca de 3 milhões de indivíduos, cujas “formas e os modos” de vida fruem por entre as “formas e os modos” das urbes.

Ver mais:
http://rcani.blogspot.pt

28 de janeiro de 2015

«En las ciudades hay costes y problemas, pero también espacios experimentales para encontrar soluciones»

Entrevista a
Ulrich Beck

Espacios Compartidos charla con Ulrich Beck, profesor de Sociología en la London School of Economics y catedrático emérito de la Universidad Ludwig Maximilian de Múnich.

Ver vídeo:
http://www.publicspace.org/es/post/en-las-ciudades-hay-costes-y-problemas-pero-tambien-espacios-experimentales-para-encontrar-soluciones

Espacios Compartidos grabó esta charla con Ulrich Beck en enero de 2013, cuando el sociólogo visitó el Centro de Cultura Contemporánea de Barcelona (CCCB) para impartir una conferencia titulada «Europa», enmarcada dentro del ciclo «En común». Beck reivindica, en esta entrevista, el papel de las ciudades y el cosmopolitismo.

Para el sociólogo alemán, las ciudades están teniendo más importancia, por un lado, «porque hay costes y problemas, pero al mismo tiempo, también espacios experimentales para encontrar soluciones». Por otra parte, «porque están más cerca del día a día de la gente y son, por lo tanto, un espacio muy importante para la democracia, el cambio climático, las nuevas políticas y las nuevas visiones». Por este motivo, el sociólogo alemán destaca que hay que observar «cómo las ciudades, y no solo los países, se interconectan y pueden generar incluso nuevas visiones políticas». De este modo, cree que veremos reforzada la idea de ciudadanía y su papel en la construcción de un futuro común.

A la vista de su apuesta por una visión del espacio público a nivel global, no es de extrañar, pues, que sus espacios públicos preferidos sean aquellos más cosmopolitas. Concretamente, Bech encuentra interesante observar cómo cambian los espacios públicos encarcelados, como por ejemplo los de los Estados o los de las ciudades, debido a los elementos cosmopolitas con que interaccionan.

Así pues, toma como ejemplo los medios de comunicación que tienen publicaciones en Internet en diferentes idiomas, como el Der Spiegel alemán, El País español o el The Guardian inglés. Estos permiten acceder a discusiones de Alemania desde España y viceversa, aunque no se conozca la lengua del Estado en cuestión; del mismo modo que «permiten que la ciudadanía tenga una oportunidad para verse a sí misma con los ojos de otro».

Para él, pues, la actual presencia de elementos cosmopolitas en el espacio público supone una gran mejora, ya que aporta un trasfondo que puede servir para la construcción de un espacio público común, refuerza la interconectividad del mundo y nos facilita una propia comprensión, así como de las diferentes prácticas de los individuos.

Ver mais:
http://www.publicspace.org/es/post/en-las-ciudades-hay-costes-y-problemas-pero-tambien-espacios-experimentales-para-encontrar-soluciones

Keeping Medellín’s successes in context

Christopher Swope
April 11, 2014

...
Above where we parked, this corner of the neighborhood is too steep for vehicles to reach. Not long ago, the only way up was to climb 350 steps. The escalators make the trip easy and quick. As you ride up a series of escalators, you pass colorfully painted brick homes and a security official at every landing. There was even music playing from a hidden sound system. The soundtrack to my trip back down was “Bohemian Rhapsody” by Queen. For real.

The escalators are one of the highest-profile improvements Medellín has made that send residents of poor areas a powerful message: This city is yours, too. But later in our press tour, while taking in the MetroCable gondola system — another of Medellín’s signature projects — I got a slightly different view of it.

From way up high over the city, I spotted the bright orange roofs of the zig-zagging escalators. They were quite far away, but clearly visible across the sweeping and densely built valley Medellín sits in. It was a sobering view. Because from this vantage point, what you notice about the escalators is how very small this one fabulous project is — and how very huge the problems of poverty and informal neighborhoods are here.

You wouldn’t know it from much of the media coverage of Medellín’s promising urban strategies. Celebratory pictures of the escalators rarely show the vastness of the surrounding areas. It’s a great project, but it’s only helped transform one small area. More than two million people in Medellín don’t have escalators in their neighborhoods.
...

None of this is to say that Medellín’s achievements aren’t real.

Beyond the escalators and gondolas, Medellín has built substantial numbers of libraries, schools, recreation facilities and public plazas across many parts of the city, with the most intensive efforts targeted at the very poorest parts of the city. They’ve created a culture of “social urbanism” here that relies on asking communities what they need and executing promised projects quickly. As Medellín expert Gerard Martin told me, the distinguishing feature of the city’s approach is not the public works so much as a dedication to fighting inequality.

Even at a small scale, projects like the escalators do serve a broader purpose. They fill our heads with ideas of how to think differently about everyday challenges — mobility and inclusion in a hilly city, in this case. Somewhere in the world, a city is surely plotting a hillside elevator project, citing Medellín as its inspiration.
...

Ler artigo completo:
http://www.citiscope.org/medellin/2014/04/11/keeping-medell%C3%ADn’s-successes-context

Ler também:

Medellín made urban escalators famous, but have they had any impact?
By Letty Reimerink
July 24, 2014

Before the escalators went in, the only way up in this part of Comuna 13 was to climb 357 steps.

http://citiscope.org/story/2014/medellin-made-urban-escalators-famous-have-they-had-any-impact

27 de janeiro de 2015

Comment la population des mégalopoles se répartit

COURRIER INTERNATIONAL
INFOGRAPHIE
27 JANVIER 2015

Dans le centre-ville ou en banlieue, dans des tours ou des batiments moins élevés : à Londres, Istanbul ou Bombay, les citadins n'ont pas la même façon d'occuper l'espace.

 
London School of Economics (LSE). Cette datavisualisation a été élaborée par la prestigieuse école londonienne en 2011. L’école a de nouveau utilisé ce concept dans le rapport “Governing urban future”, publié en novembre 2014. Il est le fruit de recherches menées par LSE Cities, centre de recherche qui étudie comment la population et la ville interagissent. Il s’intéresse à l’impact de la forme des villes sur la société, la culture et l’environnement. Cette infographie a été reprise sur le site américain Vox.


Ler o artigo completo:
http://www.courrierinternational.com/article/2015/01/27/comment-la-population-des-megalopoles-se-repartit?utm_campaign=&utm_medium=email&utm_source=Courrier+international+au+quotidien

A outra vida da Rua da Estrada...

Por Álvaro Domingues
Autor de A Rua da Estrada
27 Jan 2015

A Rua da Estrada: apresentação

Da longa história da cidade ficaram algumas coisas sobre as quais estamos todos de acordo: uma organização social; suportes infraestruturais necessários à troca e à relação; edificação; diversidade e mudança. A aglomeração e a proximidade acompanhavam tudo isso enquanto a congestão não desse cabo de tão preciosa intensidade.

Assim é a Rua da Estrada: uma espécie de dispositivo sócio-técnico que possibilita a mobilidade das pessoas, da informação, das mercadorias, da energia…, e que funciona como uma prótese que torna possível a organização da sociedade/território.
Falta só imaginar que a cidade se desconfinou, que galgou muralhas e limites, que colonizou o infinito rizoma do asfalto e de outras redes com ou sem fios, canos, condutas, cabos e outras teias. Por estes infinitos caminhos circulam os humanos e as suas urgências: vão à bola, à fábrica, à farmácia, ao comboio, a remar, à escola, a Aveiro ou a Sarrazola…

Escreveu a Agustina Bessa-Luís no seu Diccionário Imperfeito (Guimarães Editora, 2008) : “A estrada é, acima de tudo, civilidade, tem que ser construída para o uso das pessoas e para efeitos de uma economia. A estrada romana é ainda hoje modelo de mecanismo social. Levava não só os poetas até Brindisi, como as mercadorias aos portos e, mais ainda, a imaginação até aos confins da memória”. É tal qual.

Ler mais:
http://www.correiodoporto.pt/rua-da-estrada/rua-da-estrada-apresentacao

Revista XXI, "Isto é Cidade"

XXI TER OPINIÃO nº4,

"Isto é Cidade"













Índice:

- MAIS PODER PARA AS CIDADES - António José Teixeira
Vivemos num mundo competitivo, muito dado a rankings. As cidades são um dos alvos de múltiplas classificações. A mais frequente responde à pergunta: qual é a melhor cidade do mundo para se...[+]

- PLANEAR SEM RECEITAS - Luís Jorge Bruno Soares
Não há receitas para o planeamento das cidades. Cada país, região ou cidade deverá poder inovar e experimentar fórmulas. A rigidez conduz normalmente a maus resultados. A progressiva...[+]

- O FACTOR HUMANO - António Mega Ferreira
Em 2008, segundo as Nações Unidas, o número de habitantes das cidades ultrapassou, pela primeira vez, os 50% da população mundial, atingindo cerca de 3,3 mil milhões de pessoas. Mais: de...[+]

- ÁLVARO SIZA - João Morgado Fernandes
“Sou tentado a pensar que a arquitectura morreu” O futuro das casas, das cidades, da arquitectura. Uma conversa com Álvaro Siza, um dos mais prestigiados arquitectos a nível mundial. Entre o...[+]

- CIDADE ESPONJA - Álvaro Domingues
Por excesso de mitologia e ficção, a ideia de cidade transformou-se num conceito-esponja, impreciso e caótico. Na biologia molecular chamar-se-iam paisagens transgénicas e estaria a coisa...[+]

- COSME VELHO, MONTEMOR-O-NOVO - Alexandra Lucas Coelho
No Alentejo, tudo parece virar-nos para dentro. É uma terra de silêncios. No Rio de Janeiro, tudo nos vira para fora. É uma cidade de ar livre e de festa. Duas experiências de vida na primeira...[+]

- O ÚLTIMO PALMO DE LISBOA - Ana Sofia Fonseca, Clara Azevedo
No limite norte da cidade de Lisboa, nas duas margens da auto-estrada que é o Eixo Norte-Sul, há ovelhas que pastam entre a zona histórica e os bairros de realojamento, paredes meias com os...[+]

- PERDIDO A CAMINHO DE TÓQUIO - André Carrilho, Ricardo Adolfo
Para quem gosta de se perder, de sentir que o fim do mundo pode estar a acontecer à sua volta, sem saber, Tóquio é uma das metrópoles mais apelativas do planeta. Mudei-me para Tóquio há...[+]

- SÃO PAULO, A CIDADE IMPOSSÍVEL - André Carrilho, Ricardo Carvalho
Em São Paulo não se pode esconder nada, na sucessão caleidoscópica de fragmentos, com os seus desajustes e fracturas. É uma cidade que cria dependência, com a sua energia...[+]

- AS REDES DA ALDEIA URBANA - Luís M. A. Bettencourt
O tipo de redes sociais que estabelecemos nas grandes cidades não é muito diferente daquele que ocorre nos meios rurais. Mas há aspectos sociais e económicos inquietantes típicos dos meios...[+]

- A CIDADE E AS REDES - Gustavo Cardoso
A massificação da comunicação digital trouxe novas oportunidades, mas igualmente novos desafios à preservação da liberdade e da individualidade. O título pode fazer lembrar o de A...[+]

- CENTRALIDADE E FRAGMENTAÇÃO - Vítor Matias Ferreira
Espaços de concentração por excelência, de pessoas, economia ou cultura, as cidades tornaram-se igualmente palco de diversidade, contradição e mesmo conflito. A urbanização à escala...[+]

- CIDADE IMAGINADA - FORSTUDIO
Que cidades vamos ter daqui a duas, três, quatro décadas? Os jovens arquitectos do atelier Forstudio aceitaram o desafio de escolher os modelos que vale a pena preservar e...[+]

- JORGE SAMPAIO - António José Teixeira
Ter sido presidente da Câmara de Lisboa (1989-1995) marcou-o fortemente. Mesmo depois de 10 anos como Presidente da República, continuou a interessar-se pelo poder local, mas a outra escala. Foi...[+]

- ESPAÇO, REPRESENTAÇÃO, DEMOCRACIA - Mónica Brito Vieira
As redes sociais e os movimentos anticrise vieram pôr em xeque as formas tradicionais de expressão popular e de utilização do espaço público. Num dos principais corredores do Departamento...[+]

- DESAFIO DE GERAÇÕES - Maria do Rosário Carneiro
As políticas de apoio à natalidade têm sido inconsistentes em Portugal. Os incentivos, por pequenos que sejam, necessitam de consensos e de estabilidade de longo prazo. Nos últimos quatro...[+]

- URBANIZAÇÃO: CONTRACEPTIVO À FECUNDIDADE? - Maria João Valente Rosa
O debate sobre a natalidade é essencialmente ideológico. à escala global, não há um problema de fecundidade. Nos países mais ricos, a diminuição dos nascimentos veio a par com o...[+]

- PROIBIDO ENVELHECER - Alexandre Quintanilha
O envelhecimento populacional é um facto à escala mundial, mas a sociedade ainda olha para os mais velhos como um fardo. Suspeito que, apesar de não nos lembrarmos da letra, o título e a...[+]

- EXIGÊNCIAS PARA O SUCESSO NO TURISMO - Sérgio Palma Brito
As cidades competem cada vez mais entre si para atrair milhões de turistas. A oferta de turismo de Lisboa tem modernidade, mas é a urbe histórica que a diferencia. Manter a sua identidade é...[+]

- INOVAR E DIFERENCIAR - Augusto Mateus
As cidades, o turismo e a cultura são instrumentos poderosos e fundamentais para a criação de um novo paradigma de crescimento económico centrado no valor. As reflexões que se seguem...[+]

- 10 TENDÊNCIAS QUE MUDARAM A CIDADE - Ana Dias Ferreira
10 tendências que mudaram a cidade. Os negócios andam sobre rodas, o velho torna-se novo e os jardins servem para tudo, seja para correr ou usar o wi-fi. O que está a mudar nas grandes cidades?...[+]

- A BASE AMERICANA DENTRO DA CIDADE - Mário Mesquita
A instalação de uma base naval americana levou à Ponta Delgada de 1918 um perfume do Novo Mundo. Correram rumores sobre planos separatistas. A história contada através dos jornais da...[+]

- 6 IDEIAS PARA A CIDADE - Vários Rui Costa, Jorge Graça Costa, Lídia Jorge, Gisela João, José Avillez e Francisco Seixas da Costa
A cidade ideal? Tantas cidades, tantos bairros, jardins, ruas, casas... Seis personalidades de diversas áreas falam-nos das suas experiências e utopias. Tenho uma paixão especial pelos...[+]


Ver mais:
http://ffms.pt/xxi-ter-opiniao/2015/4

26 de janeiro de 2015

"Isto é cidade"

Luís Valente Rosa
10:15 Segunda feira, 26 de Janeiro de 2015

Cidade rima com liberdade

A revista XXI, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, editou um novo número, desta vez sobre as cidades, chamado "Isto é cidade". Escreveram muitos ilustres e eu também quero dizer de minha justiça. Apesar de o António Mega Ferreira terminar a revista (último artigo) com a sua habitual mão de mestre.

Começo por explicar que penso existir uma diferença conceptual entre "cidade" e "meio urbano". Como existe entre "campo" e "meio rural". A cidade e o campo são espaços físicos. Os meios rural e urbano são organizações sociais que lá existem. Ora, quando opomos cidade e campo, este sai beneficiado. Por via de um idílio de ar puro e chilrear de passarinhos. Quando opomos meio urbano e meio rural, este sai devastado. Por via de ninguém querer ir viver para lá. Assim, vou começar por me referir ao meio urbano, e só depois farei alusão à cidade.

Os meios urbanos exerceram, e continuam a exercer, um poder de atracção intenso sobre os homens. E imagino que um pensador filósofo, sociólogo ou antropólogo (não sei qual deles sou mais) identifique quatro razões de base.

1. A derrota do controlo social: os indivíduos, sobretudo as mulheres, perdem a subordinação aos "pequenos deuses caseiros", como cantava o J. J. Letria há 40 anos. Tal deve-se, em grande parte, à existência de um mercado de trabalho.
2. A vitória do anonimato: não só a pessoa não tem de prestar contas a ninguém, como pode andar por onde quer, vestida como quer, que ninguém a conhece ou comenta a sua vida (de novo, maior vantagem para as mulheres).
3. A vitória da mobilidade social. No meio rural, quem nasce pobre será pobre toda a vida. Destino mais severo para os homens, pois as mulheres, se forem belas, ainda podem arranjar um casamentozinho salvador. O meio urbano traz consigo um conteúdo de "sonho americano", impensável no meio rural
4. O aparecimento da possibilidade de escolha, e não só nos supermercados. De uma escolha cultural também. O que nos conduz rapidamente ao desejo de algo novo, à ideia de vanguarda, de "estar à frente", de inovação, de derrota da estagnação associada ao meio rural.

Como se pode observar, estes factores interligam-se à volta de um conceito unificador, que é a liberdade. Liberdade em relação aos ricos e poderosos da sociedade tradicional, em relação à família e, no caso das mulheres, em relação aos maridos também. Eu sei que nem sempre é assim, mas pode ser assim.

É esta uma liberdade, diria, real. Mas receio que exista uma outra, ainda mais forte, sobretudo quando a primeira se aproxima do adquirido. Estou a falar de uma liberdade imaginada, irreal. Se a anterior é concreta (diz respeito a comportamentos específicos que se podem, ou não, ter), esta é abstracta. Alguns chamam-lhe sonho, mas acho esse conceito muito perigoso. Refiro-me à ideia de procura de um caminho próprio. De um indivíduo encontrar-se a si mesmo, descobrir-se, conseguir a sua realização pessoal. De certa forma, a descoberta da individualidade e a convicção que se adquire de podermos ser quem queremos ser. De criarmos uma obra pessoal, original, mais além. Não é por acaso que os artistas sentem uma necessidade imperiosa de viver na cidade. No fundo, o meio rural é um expoente de essencialismo: as pessoas têm o destino traçado à nascença, ou seja, antes de um indivíduo nascer - e se não acontecer qualquer coisa de absolutamente extraordinário - já sabemos que tipo de pessoa será: rico ou pobre, destinado a uma actividade prestigiante ou servil, instruído ou pouco instruído, etc.. Em contrapartida, o existencialismo é provável no meio urbano. Ou seja, os indivíduos encontram aqui a possibilidade de poderem ser os senhores do seu destino e não os meros produtos de uma condenação de gerações.

Muito bem, ninguém quer viver no meio rural. Mas muitos têm a nostalgia do campo. Por isso, penso que um desafio de futuro seria o de conseguir que se criassem "campos" com uma mentalidade social urbana. Com as novas tecnologias e a rapidez dos transportes, não me parece impossível. As cidades talvez ficassem a perder. Mas a distribuição das pessoas no espaço melhoraria. Agora, há uma coisa que eu sei: isso será impossível enquanto os nossos responsáveis políticos não abandonarem as ideias primárias que vejo defender. A primeira é explicar o êxodo rural pelas questões económicas (se não identificarmos o problema não encontraremos a solução). A segunda é pensar que alguma vez poderemos voltar ao campo se este mantiver as suas "especificidades", "as suas características sociais e culturais" e enormidades semelhantes.

Frase para reflexão: "gostava de estar no campo para poder gostar de estar na cidade" (F. Pessoa).

Ler mais:
http://visao.sapo.pt/isto-e-cidade=f808304

Exposição: O PROCESSO SAAL: ARQUITETURA E PARTICIPAÇÃO, 1974-1976

Imagem:
Artur Rosa, SAAL, 1976, pormenor de instalação, dimensões variáveis, coleção do artista, Cortesia do artista





Quando:
DE 31 OUT 2014 A 01 FEV 2015

Comissariado:
Delfim Sardo

Produção:
Fundação de Serralves

Exposição dedicada ao SAAL – Serviço Ambulatório de Apoio Local, programa arquitetónico que marcou o Portugal do pós 25 de Abril (foi iniciado em Agosto de 1974 e durou até Outubro de 1976) e que tentou, segundo um processo participativo, envolver arquitetos e populações carenciadas.
Esta foi uma aventura coletiva arrojada, que transformou a perceção de muitos arquitetos em relação à função social da sua profissão.
Coincidindo com a comemoração dos 40 anos da revolução dos cravos, esta mostra apresentará uma seleção de aproximadamente 10 projetos, com especial enfoque no Porto, em Lisboa e no Algarve, através de maquetas, documentários, filmes e testemunhos áudio. A exposição incluirá, também, obras de artistas portugueses que estiveram próximos das movimentações neste período, muitos dos quais estão representados na Coleção de Serralves ou que incorporaram no seu trabalho desta altura questões declaradamente políticas.
Obras recentes de fotógrafos contemporâneos apresentarão uma nova abordagem a este momento visionário da história recente de Portugal.

Serviço Ambulatório de Apoio Local (SAAL)
O programa SAAL foi iniciado em agosto de 1974 e extinto em outubro de 1976. Constituindo, na sua essência, a cultura arquitetónica da Revolução de 1974, o SAAL procurou resolver problemas habitacionais candentes de populações muito carenciadas numa estratégia orgânica e participada. As suas consequências para o pensamento sobre a cidade e, sobretudo, para uma visão da arquitetura como processo ativo de produção de cidadania foram marcantes, não só no contexto das rápidas transformações do Portugal dos anos 1970, mas também como momento de afirmação da arquitetura portuguesa no panorama internacional.
No entanto, podemos ainda entender o SAAL de uma forma mais abrangente: como um momento de equacionamento da cidade e das suas estratégias habitacionais e de solo; como uma possibilidade de desenvolvimento, a um tempo desburocratizado e descentralizado, mas também oriundo de uma estratégia que privilegiou o financiamento à construção através dos seus promotores e mediante projetos – numa estrutura que deveria ter constituído matéria para uma séria reflexão posterior.
Em termos teóricos, o SAAL foi também um momento de questionamento do modernismo planificador, uma centelha de abertura relativamente ao problema da relação entre a funcionalidade, a urgência e a maturação de questões arquitetónicas que se vinham a desenhar em Portugal desde a década de 1950 e que aqui conheceram o seu momento experimental.





Ver mais:
http://www.serralves.pt/pt/actividades/simposio-saal-em-retroprospetiva/#tabs1-html
http://www.serralves.pt/pt/actividades/o-processo-saal-arquitetura-e-participacao-1974-1976/?menu=249#sthash.h69xzskK.dpuf

25 de janeiro de 2015

GOT - Revista de Geografia e Ordenamento do Território | Publicação do n.º 6

Disponível o sexto número da GOT - revista de Geografia e Ordenamento do Território.
(Dezembro de 2014)

Ler revista:
http://cegot.org/ojs/index.php/GOT/issue/current

MUSEU SAAL – MEMÓRIAS DOS MORADORES

Quando:
25 Jan 2015

Onde:
Porto - Bairro do Leal



Esta visita guiada percorre memórias não só do processo SAAL, como de uma cidade anterior, marcada pela pobreza e pela precariedade da habitação, mas também por uma aura de nostalgia que transparece hoje nos discursos sobre essa época. Memória de um tempo em que andar descalço dava direito a multa, em que se ouviam os carros de bois a passar junto à janela, em que o jornal ‘Avante’ surgia misteriosamente nas caixas de correio de quem se queria incriminar junto da PIDE-DGS, aliados às memórias de espaços que já não existem, mas cujo esqueleto ainda persiste, permitindo a reconstituição de lugares e de afectos, que nos foram sendo contados pelos moradores do Bairro do Leal.

Esta visita guiada parte da ideia de uma cartografia feita de camadas de um lugar onde, sobre as ruínas de uma antiga ilha demolida, se construiu aquilo que se pensava ser a primeira parte de um bairro novo, parte da operação SAAL/Norte. Ditou o tempo e a história que a primeira parte construída se tornasse na única parte e que o Bairro de Leal fosse hoje uma ilha – não no sentido das outras ilhas – mas uma espécie de ilha de resistência, entre ruínas e descampados, onde a comissão de moradores ainda reúne, ainda decide em assembleia, e ainda se orgulha do seu impecável livro de actas, onde se registam actos de verdadeira democracia participativa.

Ver mais:
http://www.serralves.pt/pt/actividades/museu-saal-memorias-dos-moradores/?menu=252

23 de janeiro de 2015

VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO PELOS REPRESENTANTES DOS MORADORES DOS BAIROS SAAL

Quando:
23 Jan 2015 - 19h30 - 20h30

Onde:
Porto - Museu de Serralves - Galerias do museu


O SAAL promoveu a participação direta de habitantes de bairros desfavorecidos em todo o país, envolvendo-os no processo de melhoria das suas próprias condições de vida.

A poucos dias do fecho da exposição, e depois de um extenso programa de atividades que a acompanhou e que promoveu vários momentos de encontro e reflexão em torno deste processo, daremos mais uma vez a palavra aos moradores, numa visita que contará com os testemunhos de António Manuel, da Associação de Moradores do Bairro das Antas, no Porto, e de Jorge Vilas, da Associação de Moradores do Bairro das Relvinhas, em Coimbra, conduzida com o apoio da Arq. Ana Vieira (arquiteta do Serviço Educativo do Museu de Serralves, assistente de curadoria do programa Ambulatório: Conversas Abertas nos Bairros SAAL Norte).

Ver mais:
http://www.serralves.pt/pt/actividades/visita-guiada-a-exposicao-pelos-representantes-dos-moradores-dos-bairos-saal/?menu=794

22 de janeiro de 2015

"Isto é Cidade" - Lançamento da 4ª edição da Revista XXI

XXI Ter Opinião nº4, Isto é Cidade

Quando:
22 Janeiro 2015 | 18h30

Onde:
Mercado da Ribeira, Av. 24 Julho nº 49, 1200-481 Lisboa

António Costa e Rui Moreira, presidentes da Câmaras Municipais de Lisboa e Porto vão debater questões relacionadas com as cidades, desde o urbanismo, novas tendências aos desafios das grandes metrópoles.
Com moderação de António José Teixeira.



Ver mais:
http://www.ffms.pt/agenda

18 de janeiro de 2015

EL RAVAL. Territorio cosmopolita

Itinerario a pie

Quando:
18 enero 2015 - 10.00h

Onde:
Barcelona - CCCB

Programa

¿Cómo favorecer la mezcla de usos, culturas y clases sin excluir a nadie?
El que había sido el sector más desfavorecido de la Barcelona enmurallada, tapiz de huertas puntuado por hospitales y conventos, es hoy el barrio más densamente poblado de la ciudad. En la evolución entre estos dos extremos, el Raval ha devenido un territorio cosmopolita a base de mezclas y contrastes, pero nunca ha conseguido librarse de los efectos de la marginalidad.

El Raval ha sido siempre un territorio al margen. Ya lo indica su propio nombre, proveniente del árabe rabad, que designa- ba a la población de las afueras de las murallas en las medinas medievales. Con el mismo nombre se estigmatizaba el barrio de los leprosos, las prostitutas u otros colectivos excluidos de la ciudad intramuros. Ni siquiera una vez incluido dentro del recinto amurallado, el Raval dejó de estar relegado a una posición retirada y tributaria. En lugar de consolidarse y fundirse con el resto de la trama urbana, el entonces Barrio de las Tapias permaneció tapizado de huertas y campos que, durante tres siglos de crisis, asedios y epidemias, constituirían una valiosa despensa para Barcelona.

El insólito hueco amurallado atraería tres tipos de instituciones que determinarían su estructura urbana. Por un lado, las órdenes religiosas, con la voluntad de alejarse del alboroto mundano sin exponerse a los peligros del campo abierto, construirían numerosas iglesias y conventos. Por el otro, se levantarían grandes centros sanitarios y de beneficencia donde los enfermos y los desvalidos pudieran disfrutar del sol y el aire libre. Más tarde, las primeras industrias barcelonesas encontrarían terrenos amplios y apartados donde poder emitir humos y ruidos sin molestar a nadie. Pero las fábricas trajeron consigo a las masas obreras y sus alrededores se poblaron de forma apresurada y precaria. Así es como las sedes religiosas y sanitarias que habían flotado en un mar de huertas y campos quedaron atrapadas dentro del espesor de un barrio que, todavía hoy, es el más densamente poblado de Barcelona.

La inversión topológica que había converti- do lo vacío en lleno se completaría con el vaciado de muchos de los grandes edificios que, como huesos de fruta, puntuaban la pulpa residencial del barrio. Algunos de ellos, desamortizados y derrocados, darían paso a nuevas plazas; otros, reconvertidos y abiertos al público, ofrecerían al barrio la diafanidad de sus patios y salones. A pesar de la fuerza estructuradora de estos huecos excepcionales, la precariedad de las vivien- das y la adyacencia del Puerto y el Paralelo atrajeron a una población tan cosmopolita como marginal. Proletarios, recién llegados sin oportunidades, artistas bohemios y forasteros de paso convertirían el barrio en un enjambre de contrastes donde burdeles y tascas convivían con tiendas y talleres. Hasta hoy, la lógica del vaciado ha intentado desenredar ese mundo subterráneo con eventraciones higienistas como la Rambla del Raval. Algunas de estas operaciones han aportado mezcla de usos y nuevas centrali- dades; otros, han gentrificado un barrio que, todavía hoy, presenta muestras alarmantes de exclusión y marginalidad.

Ver mais:
- http://www.cccb.org/es/itinerari-el_raval_territorio_cosmopolita-44608?utm_source=destacats_15012015&utm_medium=email&utm_campaign=newsletter
- http://www.cccb.org/rcs_gene/dossier_itineraris_raval.pdf

17 de janeiro de 2015

EDUARDO SOUTO DE MOURA CONVERSA COM A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE S. VÍTOR

Programa "Ambulatório: Conversas abertas nos bairros do SAAL-Norte" 

Quando:
17 JAN 2015

Onde:
Auditório da Faculdade de Belas Artes do Porto, Avenida Rodrigues de Freitas, nº 265, Porto

Moderação:
José António Bandeirinha

O Bairro de São Vítor tornou-se, paradoxalmente, numa das operações SAAL mais difundidas a nível nacional e internacional, mas também, num exemplo expressivo da interrupção e do desvirtuamento desse processo nos anos sequentes a 1976. Com início em Outubro de 1975, o projeto foi coordenado pelo arquiteto Álvaro Siza, encabeçando uma brigada formada por alunos do Curso de Arquitetura da ESBAP, então envolvidos no inquérito às condições de habitação locais. A conversa, que junta um desses alunos mais entusiastas, Eduardo Souto de Moura, a um representante da Associação de Moradores de São Vítor, decorrerá no Auditório da Escola de Belas Artes do Porto, palco de acesos debates públicos durante o SAAL, entre políticos, arquitetos e alunos das Brigadas SAAL, mas sobretudo destes com os moradores em permanente reivindicação: "Casas Sim, Barracas Não”.

Ver mais:
http://www.serralves.pt/pt/actividades/eduardo-souto-de-moura-conversa-com-a-associacao-de-moradores-de-s-vitor/

16 de janeiro de 2015

Ordenar a Cidade - Newsletter 13 - Homenagem a JORGE CARVALHO


http://www.ordenaracidade.pt/


Newsletter 13 | 16 de Janeiro de 2015

Antes de tudo o mais, votos de BOM ANO!

Nesta primeira newsletter de 2015, temos o prazer de vos convidar para a homenagem preparada pelo Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território (DCSPT) da Universidade de Aveiro a Jorge Carvalho.

Na sessão de abertura do segundo semestre do ano lectivo, Jorge Carvalho abordará o "Planeamento Urbanístico: uma visão diacrónica de 40 anos de profissão".

A aula terá lugar no próximo dia 11 de Fevereiro, pelas 17h, no anfiteatro 12.2.1 do DCSPT.

Até breve.

5 de janeiro de 2015

O CAID faz hoje 6 anos

O CAID foi criado com o objectivo de dinamizar uma rede informal de pessoas interessadas na reflexão sobre a Ocupação Dispersa.
Para todos os amigos, inimigos e seguidores do