25 de julho de 2010

Sugestões de Leitura


Magazine Panorama : «Politique régionale - une approche intégrée – Une vue à 360 degrés»
(9 juillet 2010)

Inclui temas sobre cidades, na perspectiva das linhas de apoio financeiro da Política Regional Europeia

Que veulent dire les experts en politique lorsqu’ils soulignent l’importance d’une «approche intégrée» pour l’élaboration de politiques régionales? La nouvelle édition de Panorama se penche sur ce sujet, en proposant de nombreux exemples d’application de politique régionale intégrée. Qu’il s’agisse de développement urbain, d’assistance aux régions ultrapériphériques ou de projets dans les zones structurellement faibles de Bavière, la coordination des politiques dans l’optique de garantir le développement régional dans son ensemble s’avère être un outil de politique régionale efficace.

link para o texto integral:
http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/panorama/pdf/mag34/mag34_fr.pdf

Maria Albina Martinho

18 de julho de 2010

XII Colóquio Ibérico de Geografia


XII Colóquio Ibérico de Geografia
Universidade do Porto
de 6 a 9 de Outubro de 2010


Em Outubro de 2010 (dias 6 a 9), decorrerá o XII Colóquio Ibérico de Geografia, cuja organização foi delegada, pela Associação Portuguesa de Geógrafos (APG) e pela Asociación de Geógrafos Españoles (AGE), no Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

São propostas oito áreas temáticas, necessariamente abrangentes e inclusivas, e também, simultaneamente, identificadoras e diferenciadoras dos grandes domínios de investigação e de actividade dos geógrafos:

- Cidades e Territórios Metropolitanos
- Regiões, Redes e Mudanças Globais
- Paisagens, Património e Desenvolvimento
- Recursos Naturais e Ordenamento do Território
- Ambiências Morfoestruturais e Climáticas
- Tecnologias de Informação e Cartografia em Geografia
- Ensino da Geografia e Processo de Bolonha
- Pensamento e Imaginação Geográfica

Os Colóquios Ibéricos têm constituído uma oportunidade de encontro, de cruzamento de saberes e de aprofundamento do debate disciplinar. Fica desta forma expresso o convite a uma participação alargada dos geógrafos espanhóis e portugueses num evento que tem constituído, também, uma excelente oportunidade de consolidação do relacionamento mútuo.

in: http://web.letras.up.pt/xiicig/

14 de julho de 2010

CAFÉ DOGLIONI - “Modelos, Planos e Instrumentos de Ordenamento do Território”


Quando? 13 de Julho - 18 horas
Onde? Faro - Palácio Doglioni
Com quem? Jorge Gaspar
Quem organizou? CCDR Algarve

Jorge Gaspar, embora seja crítico da dispersão urbanística na região algarvia e censure a aposta num desenvolvimento predador de recursos naturais, não lamenta uma maior ocupação da faixa litoral: "A desconsolação é ter um país que está litoralizado, mas que não aproveita nada do mar", referiu recentemente o geógrafo especialista de Planeamento Regional e Urbano.

A sua intervenção abrangeu uma reflexão sobre os aspectos estratégicos e orientadores estabelecidos no plano regional de ordenamento do território e a sua materialização nos planos de ordenamento de nível concelhio e sub-concelhio.

1 comentário:

Albina Martinho disse...

Espero que não se incluam na ideia de aproveitar melhor do mar projectos semelhantes à marina de Portimão, não pela marina propriamente dita, mas pela construção de apartamentos e restaurantes em cima da água, na Foz do Rio Arade conquistando terra a um plano de água excepcional que assim se vai apoucando.
Bem sei que não é no mar mas é apenas um exemplo e é caso para dizer, com tanta construção que já se faz em terra,ainda ir construir na água, "não havia necessidade".
Por isso, aproveitar melhor do mar, com certeza nas diversas frentes, mas, mais uma vez, dependerá de como concretizarmos esse objectivo.

16 Julho, 2010

9 de julho de 2010

Ordenamento da rede escolar/ desordenamento do território?

Foi recentemente anunciada uma medida que pretende o reordenamento da rede escolar. O que é que a medida de fecho das escolas com menos de 21 alunos tem a ver com a dispersão? O facto é que esta medida me traz dúvidas, bem como outras que têm vindo a ocorrer no mesmo sentido noutros equipamentos.

Situemo-nos então na parte mais rural do nosso país, sobretudo na larga faixa interior, já de si tão desertificada em termos de população.

Muitas aldeias, nesta zona do país, vão fechando as portas enquanto as populações têm vindo a concentrar-se nas vilas e cidades. Até podemos assistir a este movimento de braços caídos e dizer que é natural, inevitável, mas pergunto-me então: devemos, além disso, utilizar uma política pública para reforçar esse movimento?

Isso não será contraproducente, a machada final para pequenas localidades que, apesar de todas as circunstâncias adversas (problema de emprego, de acessibilidades, baixa natalidade, etc, etc ) ainda têm a audácia de ter entre 10 e 21 alunos (com menos já fecharam, julgo). Afinal é preciso ainda ter um certo dinamismo para ter um tal número de alunos!

Em sentido oposto a esta medida, fazem-se malabarismos de criatividade e invenção para lançar projectos de desenvolvimento regional e rural, através dos quais se lançam milhões e milhões de euros nacionais e comunitários (para os quais também contribuímos) e que incluem a dinamização de actividades e ainda precisamente a reabilitação de aldeias e de pequenos centros.

Isto para dizer que esta medida me parece demasiado sectorial e não teve em conta outros aspectos: há que apelar a outras alternativas e não ir pela via que parece mais directa, mas que pode ser, afinal, a mais complicada e onerosa.

Quer-se poupar dinheiro, mas no final será que se poupa? a rede de transportes escolares e a segurança dos alunos e as horas de percurso? Para além dos outros custos atrás mencionados.

Queremos dar melhores condições aos alunos? Mas não podemos pensar em equipamentos itinerantes em vez de alunos itinerantes? Fomentar o intercâmbio entre escolas, o trabalho em rede, a troca de experiências, as visitas periódicas?

Termino esta minha reflexão dizendo que neste caso do povoamento do interior, a pressão para a concentração é de tal ordem, tão avassaladora, que é caso para ser mais amigo da dispersão do que inimigo.

Lisboa-8 de Julho de 2010
Maria Albina Martinho

Conferência "Vilarinho das Furnas - Arqueologia do Progresso”


Quando? 9 de Julho - 21h30
Onde? Braga - Museu da Imagem
Com quem? Álvaro Domingues, Albertino Gonçalves, Miguel Bandeira, Moisés Martins

Vilarinho da Furna - uma arqueologia do progresso
No âmbito da exposição “Vilarinho das Furnas” a decorrer no museu da Imagem (Campo das Hortas, 35 - Braga) da autoria do Grupo IF (Ideia e Forma: António Drumond, Henrique Araújo, João Paulo Sotto Mayor e Manuel Magalhães) terá lugar no dia 9 de Julho uma conferência de reflexão sobre a problemática em causa. As comunicações estão a cargo dos professores Albertino Gonçalves, Miguel Bandeira, Moisés Martins (Centro de Estudos Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho) e Álvaro Domingues (Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto).

“Vilarinho das Furnas” é um belíssimo trabalho do grupo IF e um documento perturbador sobre a capacidade que tecnologia possui de apagar uma ordem anterior e instituir outra cujo motivo é invariavelmente, “o progresso”. A poética das fotografias de Vilarinho da Furna é avassalador também porque a própria aldeia tinha sido já instituída como um “alto lugar” de uma certa identidade portuguesa mergulhada num passado profundo de comunidades presas às suas terras e aos seus costumes de organização comunitária (Jorge Dias, Vilarinho da Furna - uma aldeia comunitária, 1948).
Diz Orlando Ribeiro na re-edição dessa obra de Jorge Dias (1981) que Vilarinho”é uma espécie de Requiem pelos pobres camponeses, pastores, moleiros e homens de outros ofícios humildes, que não inspiram aos prestigiosos construtores de barragens outro sentimento que não seja de profundo desprezo”.
Não podia ser mais actual este desabafo. Hoje, como antes, lamenta-se a perda de um certo Portugal profundo e levantam-se semelhantes polémicas fracturantes: de um lado a tecnologia, as necessidades energéticas e o progresso, do outro a memória e a visão patrimonial da paisagem. Parece que os almoços nunca são de graça e alguma coisa se aprenderá de Vilarinho da Furna, que é a arqueologia submersa do progresso de então.
Professor Doutor Álvaro Domingues