Os territórios periurbanos têm ganho um interesse renovado perante os desafios da sustentabilidade. Contudo, o aproveitamento do seu potencial carece de uma abordagem que se situe além das perspectivas urbanísticas clássicas de um espaço a consolidar e, nessa medida, de uma perspectiva mais abrangente, focada nas suas especificidades e na sua aptidão para contribuir para um acréscimo da qualidade vida das populações.
Reconhecendo que a oportunidade destes territórios reside na capacidade de integração de múltiplas políticas e visões sectoriais no processo de planeamento territorial, o projecto PERIURBAN pretende desenvolver cenários tendo em vista a identificação dos principais constrangimentos e potencialidades das áreas peri-urbanas contando com a colaboração activa dos agentes envolvidos na sua transformação
O projecto (financiado pela FCT) envolve uma equipa de 15 Investigadores, 11 áreas disciplinares e 4 centros de investigação (Centro de Sistemas Urbanos e Regionais (CESUR/IST/UTL), Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (CEABN/ISA/UTL) e o Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território (Dinâmia/CET-IUL/ISCTE-IUL).
Com base no pressuposto de que não há “um espaço periurbano” na AML, mas diferentes tipos de territórios, os quais devem ser analisados e explorados de forma diferenciada no planeamento territorial, o Projecto PERIURBAN considera relevante explorar os seguintes aspectos:
1. Clarificação conceptual do “peri-urbano” como espaço com uma identidade própria que lhe advém de uma posição geográfica particular entre o espaço urbano e o espaço rural.
2. Identificação de tipologias de áreas peri-urbanas com base numa análise estatística de variáveis ecológicas, sociais, económicas e das dinâmicas territoriais diferenciadoras, assim como, a representação da sua expressão geográfica na AML.
3. Desenvolvimento de cenários para concelhos-tipo que contemplem visões diferenciadas de mudança no que respeita às actividades económicas, aos novos mercados, aos serviços ambientais, ou aos modelos de governança que se situem no horizonte das expectativas da população local e da sua percepção de qualidade de vida.
4. Definição de uma metodologia para formulação de objectivos de sustentabilidade para os territórios peri-urbanos, conforme Convenção Europeia da Paisagem, tendo em conta a definição de critérios e de modelos de avaliação.
5. Experimentar novas práticas de investigação que promovam uma maior integração entre a ciência e a sociedade, favorecendo fluxos bidireccionais de diferentes tipos de conhecimento, por forma a orientar a investigação no sentido de responder às necessidades dos agentes com responsabilidade na transformação dos territórios periurbanos da AML.
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Mais informação:No site do projecto, novidades relativas às comunicações do Workshop de dia 20 de Setembro 2012 e informação relativa a congressos, publicações, reportagens e outras iniciativas relativas às áreas periurbanas.
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