21 de março de 2013

CCB Cidade Aberta

Colóquio evocativo dos 20 anos do Centro Cultural de Belém



Quando:
21 de Março de 2013


Local:
CCB/ Pequeno Auditório


Coordenação de
Nuno Grande



Sessões de debate

14h30-16h
O CCB no contexto urbano e cultural de Lisboa
Apresentação e moderação por Simonetta Luz Afonso
Intervenções de António Lamas, Walter Rossa, António Guerreiro, Pedro Mexia
Tópicos
O CCB tornou-se numa das obras arquitectónicas mais emblemáticas da, então jovem, Democracia Portuguesa, e da sua, então também recente, vocação europeísta; tendo ficado decisivamente marcado pela sua condição de sede da primeira Presidência Portuguesa da CEE (em 1992) e, logo depois, de centro cultural polivalente e popularizado (inaugurado em 1993 e muito visitado durante Lisboa ’94 Capital Europeia da Cultura). Essa condição, tornou-o, irremediavelmente, num “espelho” das sucessivas políticas públicas para a Cultura em Portugal, palco de diferentes ciclos políticos de gestão – por vezes contraditórios entre si –, ao nível da programação nas diversas artes, mas também, das orgânicas museológicas ali ensaiadas, ao longo do tempo.
Neste debate, pretende-se situar o CCB e o seu lugar de implantação – a Belém monumental, mitificada pela História – no contexto da evolução de Lisboa e da sua frente ribeirinha. De igual modo, deseja-se perceber o processo que levou ao concurso e à polémica em torno da construção do edifício, com ênfase no programa que lhe deu suporte e no modo como este foi interpretado pelo projecto vencedor. Finalmente, procura-se entender como essas duas condições – a monumentalidade do lugar, face à do próprio edifício; e a sua reconhecível deriva programática – marcaram o imaginário cultural lisboeta durante as últimas duas décadas.

16h30-18h
O CCB no contexto da arquitectura portuguesa e europeia
Apresentação e moderação por Nuno Grande
Intervenções de Manuel Salgado, Gonçalo Byrne, Nuno Portas, Jorge Figueira
Tópicos
O concurso público que presidiu à escolha do projecto para o CCB foi um dos mais concorridos e coerentes processos de decisão institucional, de que há memória em Portugal. De facto, e seguindo os preceitos da União Internacional de Arquitectos (UIA), o concurso organizou-se em duas fases (sendo a primeira anónima), permitindo aos concorrentes finalistas defender e debater as suas soluções perante o júri. Estas, como muitas outras que não chegaram à final, documentariam a diversidade de tendências que, à época, ensaiavam uma nova condição, dita “pós-moderna”, para o desenho da arquitectura e da cidade.
Neste debate, pretende-se relembrar as principais opções presentes no concurso para o CCB, e as relações que estas estabeleciam com os traçados históricos da cidade (sob o efeito da “cidadela” ou da “cidade aberta”, lembrando Nuno Portas, membro do júri do concurso). De igual modo, deseja-se perceber a “inscrição” da solução vencedora na escolástica do denominado “neo-racionalismo” italiano – tão marcado na sua partição modular e na sua estrita estruturação interna –, oferecendo-se, apesar de ainda incompleta, como uma “arquitectura urbana” evocadora dos grandes palácios ribeirinhos lisboetas. Finalmente, procura-se debater o modo como esta obra se enquadrou no seio, ou se projectou para lá, dessa Lisboa pós-moderna da viragem para os anos 1990.

No mesmo dia inauguração da exposição GARAGEM SUL - EXPOSIÇÕES DE ARQUITECTURA | ARX arquivo/archive

Ver mais: http://www.arquitectos.pt/?no=2020494116,153

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