30 de abril de 2014

Urbanismo Táctico em Portugal

por José Carlos Mota
em Estado Social, um espaço de reflexão sobre a Sociedade e o Estado.
28.04.14

O Planeamento do Território continua a sua «travessia do deserto» à procura de novos caminhos para responder a crescentes necessidades de requalificação das cidades e de regeneração das suas funções face a diminutos recursos públicos e incerta vontade política.
Uma das últimas «inovações metodológicas» surgiu nos Estados Unidos e designa-se por «Urbanismo Táctico». Surgiu em resposta a um crescente descrédito do planeamento tradicional, pelo seu carácter burocrático, pouco consequente e pelas dificuldades manifestadas em responder aos ‘micro-problemas urbanos’ que afectam o dia-a-dia dos cidadãos. Alimenta-se num contexto de fragilidade de intervenção do Estado e de emergência de movimentos cívicos urbanos que reflectem sobre as cidades.
Um dos grupos mais interessantes tem sede em Nova York e é dinamizado por Mike Lydon (http://www.streetplans.org/index.php). Editou já um conjunto de publicações que merecem a nossa atenção (LINK), uma delas terá tradução portuguesa em breve.
Como poderão constatar pela leitura das experiências realizadas, esta metodologia baseia-se na concepção de ‘micro-projectos urbanos’ de baixo custo e alto impacto, promovidos por grupos de cidadãos com apoio técnico-científico voluntário com competências diversas (arte, design, arquitectura, engenharia, paisagismo, urbanismo), trabalhando em rede e tirando partido do potencial das novas tecnologias. Normalmente em contextos colaborativos, os cidadãos discutem o programa das intervenções, com preocupação experimental e exemplificativa, e depois mobilizam-se para as executar.

Em Portugal têm vindo a surgir algumas experiências, ainda de carácter muito exploratório e de resultados ainda frágeis.
Aveiro lançou recentemente a iniciativa Vestir os vazios da cidade,
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