12 de agosto de 2010

DISPERSÃO URBANA – habitação e não só

UMA ABORDAGEM PARA O CONCELHO DE CALDAS da RAINHA

INTRODUÇÃO

No espaço rural um novo cidadão emerge. Por migração da cidade compacta ou por migração cultural e mediática, a cultura urbana instala-se. Conquistada a almejada independência habitacional pela moradia, implantada no seu bocado de terra, preferencialmente com vistas para uma parcela de paraíso que parece ser só seu, este novo urbanita, pode escolher “a cidade” que quer, como refere Spiro Kostov, “Automobile drivers – the only fully entitled citizens of edge cities – can now compose their own town…” .
No “campo” a rede de acessibilidades expandiu-se, asfaltou-se e completou-se pela infra-estrutura básica da água, saneamento, energia e telecomunicações.
O crescimento da urbanização dispersa apoia-se nesta rede básica de infra-estrutura, agora potenciada pelos diversos apoios sociais e institucionais e pela existência disseminada de possibilidades de emprego.

A DISPERSÃO URBANA NA REGIÃO

Genericamente, o fenómeno da expansão da construção por um território, o Urban Sprawl, tem como principais motores o desejo de individualidade e autonomia presente no “sonho americano”.
Mas, contrariamente à expansão típica dos subúrbios americanos, as condições para a dispersão urbana em Portugal, e no caso particular do Concelho de Caldas da Rainha, não se formam em territórios amorfos mas sim em zonas já historicamente estruturadas por uma tipologia fundiária de raiz agrícola, por localidades de historicidade rural e por uma rede primária de acessibilidades, completada por uma infra-estruturação básica de energia, saneamento e abastecimento de água.
Nesta estruturação básica, justapõe-se à ocupação ancestral uma nova ocupação que reforça a alteração da composição sócio cultural tradicional, já de si em rápida evolução pelo acesso generalizado ao ensino e às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC).
No concelho de Caldas da Rainha, e em muitos concelhos da região Oeste, a dispersão urbana verificada assenta numa matriz histórica ligada à actividade agrícola tradicional. Esta actividade embora em declínio como motor económico da região, subsiste ainda em complemento com outros sectores, que agora se espalham pelo território criando novas oportunidades de emprego fora da cidade compacta.

CONDIÇÕES PARA A DISPERSÃO ......
MOTIVAÇÃO ......
DISPONIBILIDADE AEDIFICANDI ......
ECONOMIA FUNDIÁRIA ......
RAZÕES INSTITUCIONAIS E CONDIÇÕES ADMINISTRATIVAS ......
MOBILIDADE ......
TECIDO EMPRESARIAL ......
INFRAESTRUTURAÇÃO ......

CONCLUSÃO

O concelho de Caldas da Rainha é uma área de edificação dispersa polarizada pela cidade de Caldas e inserido na região Oeste.
Esta edificação dispersa subsiste e adensa-se apoiada na mobilidade automóvel e na rede histórica das aldeias e dos casais agrícolas. Sustenta-se da criação de emprego na proximidade, em substituição ou complemento da actividade agrícola, agora com população activa minoritária e sofre mutações de ordem sociológica e acréscimos de população e construção, sobretudo na sua faixa litoral, na cidade de Caldas e na sua envolvente próxima.
A mobilidade e acessibilidade são fulcrais no funcionamento da dispersão urbana, nos mais variados aspectos que vão do abastecimento ao emprego e passando pela atracção de visitantes.
Funciona neste ponto a existência de uma estrutura tecnológica de acessibilidade – a autoestrada, que coloca a região no raio de influência de Lisboa.

Bibliografia ......

link para o texto integral:
https://www.ua.pt/ii/ocupacao_dispersa/ReadObject.aspx?obj=14604

Maio de 2010
João Aboim

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