2 de outubro de 2012

From Renaissance to Shrinkage: What future for the European city?

em trânsito #042 - Battle of Ideas | Debate

Quando:
2 de Outubro de 2012 - 21h30

Onde:
Porto - Plano B

Em Trânsito recebe, pela primeira vez no Porto, uma edição satélite do programa internacional ’Battle of Ideas’, organizado pelo ‘Institute of Ideas’ (UK). Esta sessão pretende debater o futuro da cidade europeia, focando a cidade do Porto em particular.

Na actual ‘Idade Urbana’, um milhão de migrantes por semana alimentam o crescimento dinâmico dos centros urbanos na Ásia e em África. Por contraste, a discussão numa Europa largamente pós-industrial deslocou-se do tema do ‘Renascimento Urbano’ para o tema da própria sobrevivência das cidades. Contra um pano de fundo de abrandamento económico, o relatório sobre o estado das cidades europeias que monitorizou 258 cidades na União Europeia, mostra um terço em estagnação e outro terço com um declínio populacional significativo. Nas cidades em retrocesso, a probabilidade de partir é maior na população mais jovem. No Porto, numa única década, mais de 30% da população abandonou a cidade. A par desta realidade demográfica e económica, receios de prejuízo ambiental, bem-estar e fragmentação social, alimentam uma ambivalência cultural sobre as cidades. A revista de arquitectura A10 anuncia que a cidade europeia ‘atingiu o seu limite superior’, e sugere substituir o paradigma de ‘crescimento equivale a progresso’ por uma aproximação assente na identificação ‘das vantagens do encolhimento e imutabilidade’.

O programa da London School of Economics (LSE) promove a ‘sustentabilidade social’, acentuando o investimento responsável e as responsabilidades empresariais dos promotores. Arrebita! Porto também enfatiza o papel da iniciativa social. A World Future Council Foundation argumenta que a desindustrialização, as infra-estruturas envelhecidas e propriedades em ruína ou decadência requerem uma mudança de atitude de regeneração urbana – que dá resposta ao bem-estar social, económico e físico/patrimonial – para eco-regeneração – por exemplo, através de programas financiados pela UE de água e saneamento, transportes de baixa emissão de carbono e energia renováveis. Mas a ideia da ‘cidade sustentável’ que dominou as iniciativas de regeneração nos últimos 20 anos será, de facto, a resposta?

Como é que os centros urbanos podem recuperar um sentido de dinamismo? Dada a realidade dos ciclos económicos e dos movimentos populacionais, não será tempo de admitir que planear o encolhimento pode ser tão criativo como planear o crescimento? Com cidades a emergir a Oriente a assumir o manto do dinamismo económico, devem as cidades Europeias seguir o ‘modelo’ alternativo, baseado na identidade cultural e na memória urbana? Ou o enfoque na preservação e no património arrisca fossilizar as cidades e torná-las peças de museu? O papel da arquitectura e do design, como ponto de partida para a inovação e regeneração, terá sido exagerado de alguma maneira? Resumindo, como é que se pode maximizar as novas oportunidades e concretizar o progresso social?

Participam:

Alastair Donald, Future Cities Project (UK)
Nuno Grande, Pelouro da Cultura OASRN
José Paixão, ArrebitaPorto
Will Hunter, Architecture Review (UK)
Luís Tavares Pereira, comissário do ciclo ‘em trânsito’

Moderadora/Chair:
∙ Claire Fox, Institute of Ideas (UK)

Mais informações:
http://www.oasrn.org/cultura.php?id=297

http://www.battleofideas.org.uk

Sem comentários: