13 de abril de 2015

Montijo debate reabilitação urbana

13-04-2015 14:45

A Câmara Municipal do Montijo está a debater os centros históricos e a reabilitação urbana. As primeiras conferências decorreram no dia 11 de abril, na Galeria Municipal, e tiveram como convidados dois especialistas em ordenamento do território: Jorge Carvalho e João Ferrão.

Previamente às conferências foi inaugurada a Exposição “Duas visões do Montijo: o contributo da iconografia para o conhecimento da evolução do centro histórico da cidade”
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As Conferências propriamente ditas iniciaram com a intervenção do presidente da câmara, Nuno Canta, que sublinhou o papel central das políticas públicas na resposta aos problemas urbanos, relembrando o esforço da autarquia no incentivo à regeneração urbana através da delimitação da Área de Reabilitação Urbana da cidade e do “investimento municipal centrado na recuperação de espaços públicos que pretende valorizar o centro histórico, o património imobiliário privado e incentivar à reabilitação urbana”.
Nuno Canta afirmou, ainda, que “a cidade do Montijo cresceu até aos limites do seu PDM. Hoje estamos perante um novo paradigma de desenvolvimento urbanístico: intervir no centro histórico da cidade e consolidar os novos bairros”.

O primeiro orador foi Jorge Carvalho, professor de urbanismo da Universidade de Aveiro, que realizou uma interessante intervenção sobre a cidade alargada, afirmando que “a fase de crescimento das cidades acabou e agora é necessário aproveitar e qualificar o espaço existente, assim como estruturar a cidade alargada”.
Cidade alargada que, na perspetiva deste urbanista, é constituída por “espaços urbanos, espaços rurais e espaços agro-florestais que coexistem simultaneamente, sendo necessário aceitar esta realidade e começar a cerzir a malha urbana”.

João Ferrão, geógrafo e investigador da Universidade de Lisboa, abordou detalhadamente a questão da reabilitação e da regeneração urbana, esclareceu as diferenças entre os dois conceitos e afirmou que a “reabilitação é o meio para a regeneração e que só regeneramos as nossas cidades quando a reabilitação convergir para a valorização do património existente, para a modernização das infraestruturas, para a qualificação e animação do espaço público e para a criação de emprego”.
O geógrafo salientou, ainda, que nos processos de regeneração urbana as autarquias devem atribuir um papel especial ao desenvolvimento de parcerias e ao envolvimento dos diversos stakeholders que compõe a cidade.





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http://www.mun-montijo.pt/pt/conteudos/noticias+e+eventos/noticias/montijo+debate+reabilitação+urbana.htm

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