Quando:
07-12-2013 a 28-02-2014
Onde:
Lisboa - CCB - GARAGEM SUL – EXPOSIÇÕES DE ARQUITECTURA
África – Visões do Gabinete de Urbanização Colonial propõe um percurso por uma paisagem africana desenhada (e inventada) a partir do coração da metrópole, em Lisboa, no período final da colonização portuguesa (1944-1974).
É também a narrativa visual de uma aprendizagem arquitectónica. Inicia-se com imagens de edifícios públicos fortemente marcados pela tradição portuguesa do sul, fixa-se numa arquitectura oficial do Estado Novo, e abre a possibilidade de ensaiar uma primeira expressão de “nativismo africano”, através do conhecimento progressivo que os arquitectos portugueses vão adquirindo das diferentes culturas locais, antecipando visões de autonomia e de independência.
Um conjunto de desenhos, relatórios, fotografias, actualmente à guarda do Instituto de Investigação Científica Tropical, serão aqui pela primeira vez mostrados.
Ver mais:
http://www.ccb.pt/sites/ccb/pt-PT/Programacao/Exposicoes/Pages/africavisoesdogabinetedeurbanizacaodezembro2013.aspx?month=12
28 de fevereiro de 2014
Jornadas e-Planning 2014
Quando:
Fevereiro 28, 2014 (10h00 - 19h00)
Onde:
Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa – Auditório
Programa:
http://e-planning.org/docs/Workshop_ePlanning_28Feb14Program.pdf
Fevereiro 28, 2014 (10h00 - 19h00)
Onde:
Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa – Auditório
Programa:
http://e-planning.org/docs/Workshop_ePlanning_28Feb14Program.pdf
27 de fevereiro de 2014
“ENTRE NÓS” - Álvaro Domingues
Quando:
27 de fevereiro – 22h00
Onde:
Porto - Teatro do Campo Alegre
Álvaro Domingues fará a sua sexta conferência-esquisita, desta feita subordinada ao tema
“Entre nós”, ou como os nós das autoestradas se entrelaçam com a nossa vida quotidiana
Ver mais:
http://quintasdeleitura.blogspot.pt
27 de fevereiro – 22h00
Onde:
Porto - Teatro do Campo Alegre
Álvaro Domingues fará a sua sexta conferência-esquisita, desta feita subordinada ao tema
“Entre nós”, ou como os nós das autoestradas se entrelaçam com a nossa vida quotidiana
Ver mais:
http://quintasdeleitura.blogspot.pt
Conferência "Inovação e Sustentabilidade nas Cidades do Futuro"
Quando:
27 de Fevereiro - 14h
Onde:
Lisboa - Grande Auditório da Culturgest
O Green Project Awards (GPA) organiza a conferência “Inovação e Sustentabilidade nas Cidades do Futuro”, um evento que assinala o lançamento da sétima edição da iniciativa e que pretende promover o debate sobre o papel das cidades sustentáveis na construção de um país competitivo com enfoque nos temas mobilidade, metabolismo urbano, inovação, governança e cooperação, entre outros.
Nuno Sequeira, presidente da Quercus, Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e José Manuel Costa, fundador e presidente da GCI, organizadores do Green Project Awards, vão presidir à sessão de abertura da conferência que visa promover ao longo da tarde um debate alargado sobre as várias vertentes das Cidades do Futuro.
“O papel das Cidades Sustentáveis na construção de um País Competitivo” e “Os desafios das Cidades do Futuro: Economia, Sociedade e Ambiente” são os dois painéis que compõem a tarde de debate.
27 de Fevereiro - 14h
Onde:
Lisboa - Grande Auditório da Culturgest
O Green Project Awards (GPA) organiza a conferência “Inovação e Sustentabilidade nas Cidades do Futuro”, um evento que assinala o lançamento da sétima edição da iniciativa e que pretende promover o debate sobre o papel das cidades sustentáveis na construção de um país competitivo com enfoque nos temas mobilidade, metabolismo urbano, inovação, governança e cooperação, entre outros.
Nuno Sequeira, presidente da Quercus, Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e José Manuel Costa, fundador e presidente da GCI, organizadores do Green Project Awards, vão presidir à sessão de abertura da conferência que visa promover ao longo da tarde um debate alargado sobre as várias vertentes das Cidades do Futuro.
“O papel das Cidades Sustentáveis na construção de um País Competitivo” e “Os desafios das Cidades do Futuro: Economia, Sociedade e Ambiente” são os dois painéis que compõem a tarde de debate.
25 de fevereiro de 2014
“Avenida dos Aliados e Baixa do Porto: Usos e Movimentos”
Autores:
José A. Rio Fernandes (Coord)
Pedro Chamusca e Inês Fernandes
Colaboradores:
Ângela Silva, Frederico Alves, Joel Silva, Jorge Ricardo Pinto, Júlio Chamusca, Marco Paiva, Tiago Paiva e Vítor Chamusca
Edição:
Porto Vivo, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense, S.A.
Descrição:
"Esta publicação pretende promover a compreensão das dinâmicas, ao longo de século e meio, sobretudo as mais recentes, de um espaço especial da cidade que se faz todos os dias"
Ler livro:
http://www.portovivosru.pt/1avenida/fileManager/pdf/Livro1_1Avenida_PT_Final.pdf
José A. Rio Fernandes (Coord)
Pedro Chamusca e Inês Fernandes
Colaboradores:
Ângela Silva, Frederico Alves, Joel Silva, Jorge Ricardo Pinto, Júlio Chamusca, Marco Paiva, Tiago Paiva e Vítor Chamusca
Edição:
Porto Vivo, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense, S.A.
Descrição:
"Esta publicação pretende promover a compreensão das dinâmicas, ao longo de século e meio, sobretudo as mais recentes, de um espaço especial da cidade que se faz todos os dias"
Ler livro:
http://www.portovivosru.pt/1avenida/fileManager/pdf/Livro1_1Avenida_PT_Final.pdf
24 de fevereiro de 2014
Conferencia "Las afueras"
Conferencia de Bruce Bégout
Esta conferencia forma parte del ciclo "Ciudad abierta"
Quando:
24 febrero 2014 - 19.30h
Onde:
Barcelona - CCCB
Organiza:
Centre de Cultura Contemporània de Barcelona
Participante/s:
Presentador/es: Neus Ballús
Ponente/s: Bruce Bégout
Programa:
El suburbio no es sólo la zona urbana que ha experimentado el crecimiento mayor y más espectacular de los últimos cincuenta años, es también el lugar de una nueva cultura, de un estilo de vida inédito. Esta conferencia intentará mostrar cómo este espacio inmenso y en diseminación constante es un espacio de desaparición. Los hombres y las mujeres contemporáneos que quieren escapar al control, a la visibilidad, a la trazabilidad física y electrónica, no buscan ya desaparecer en la multitud compacta de las ciudades, sino en los espacios uniformes de los suburbios. Son el lugar de una nueva eliminación, de la posibilidad de huir. Vemos así aparecer en la cultura suburbana una búsqueda de la ignorancia, de la desaparición, del repliegue, fuera de la esfera pública, en lo privado, lo escondido, lo anónimo.
Ver mais:
http://www.cccb.org/es/curs_o_conferencia-ciutat_oberta_v_conferncia_de_bruce_bgout-45292
Esta conferencia forma parte del ciclo "Ciudad abierta"
Quando:
24 febrero 2014 - 19.30h
Onde:
Barcelona - CCCB
Organiza:
Centre de Cultura Contemporània de Barcelona
Participante/s:
Presentador/es: Neus Ballús
Ponente/s: Bruce Bégout
Programa:
El suburbio no es sólo la zona urbana que ha experimentado el crecimiento mayor y más espectacular de los últimos cincuenta años, es también el lugar de una nueva cultura, de un estilo de vida inédito. Esta conferencia intentará mostrar cómo este espacio inmenso y en diseminación constante es un espacio de desaparición. Los hombres y las mujeres contemporáneos que quieren escapar al control, a la visibilidad, a la trazabilidad física y electrónica, no buscan ya desaparecer en la multitud compacta de las ciudades, sino en los espacios uniformes de los suburbios. Son el lugar de una nueva eliminación, de la posibilidad de huir. Vemos así aparecer en la cultura suburbana una búsqueda de la ignorancia, de la desaparición, del repliegue, fuera de la esfera pública, en lo privado, lo escondido, lo anónimo.
Ver mais:
http://www.cccb.org/es/curs_o_conferencia-ciutat_oberta_v_conferncia_de_bruce_bgout-45292
23 de fevereiro de 2014
EL CARMEL Y NOU BARRIS. Del derecho a la vivienda al derecho a la ciudad
Itinerario a pie
Quando:
23 febrero 2014, 10.00h
Onde:
Barcelona-CCCB
Programa
¿Cómo conseguir que la ciudad cobije a todos?
La necesidad de un techo es más imperiosa que cualquier norma urbanística. Bién lo saben vencindarios como los del Carmelo y Nou Barris, surgidos de asentamientos de barracas y rellenos de bloques residenciales por el “barraquismo vertical”. Fuera del amparo del Estado y bajo la presión de la especulación inmobiliaria, estos barrios se hicieron a sí mismos, en una lucha constant contra la orografía, la intemperie y la pobreza. Su lucha por una vivienda digna está llena de lecciones para afrontar un reto todavía demasiado vigente:
¿cómo conseguir que la ciudad cobije a todos?
Tres cerros señalan el umbral de otra Barcelona al norte de su llanura marítima. La franja que los separa de Collserola, antiguamente un paisaje agrícola y más tarde una zona de veraneo, acabaría convirtiéndose en el territorio de acogida de muchos de los recién llegados que la ciudad recibió en la posguerra, durante su periodo de mayor expansión industrial.
...
En los asentamientos de barracas autoconstruidas, los obreros seguían trabajando los domingos para construir con sus manos infatigables las cloacas, los firmes y las aceras de unas calles informales que el Ayuntamiento no reconocía. Siempre con demasiado retraso, la administración proponía como alternativa el «chabolismo vertical», y trasladaba a los vecinos a grandes bloques de construcción apresurada, masiva, barata y precaria. Demasiado fiel a la lógica industrial, la solución quizá garan- tizaba de forma cuantitativa el derecho a la vivienda, pero rompía las calidades relacionales de los barrios y negaba a los vecinos el derecho a la ciudad. Las patologías constructivas de los edificios, la precariedad de las infraestructuras básicas, la carencia de equipamientos y transportes y la mediocridad de los espacios públicos definían un paisaje urbano sin civilidad.
Solo la lucha vecinal, la capacidad de organización de las asociaciones, su empuje y perseverancia a la hora de reclamar lo que les correspondía, defendió el tejido social y productivo de la Barcelona suburbial. Su legitimidad democratizadora trajo a los barrios escuelas, bibliotecas, parques y transportes públicos que permitirían a estos «barrios de atrás» ingresar de pleno derecho en el mapa de la ciudad oficial. Las lecciones de esta lucha son fundamentales para afrontar un interrogante que todavía, y cada vez más, está pendiente de respuesta:
¿cómo conseguir que la ciudad cobije a todo el mundo?
Ver mais:
http://www.cccb.org/es/itinerari-el_carmel_y_nou_barris_del_derecho_a_la_vivienda_al_derecho_a_la_ciudad-44610
http://www.cccb.org/rcs_gene/dossier_itineraris_carmel.pdf
Quando:
23 febrero 2014, 10.00h
Onde:
Barcelona-CCCB
Programa
¿Cómo conseguir que la ciudad cobije a todos?
La necesidad de un techo es más imperiosa que cualquier norma urbanística. Bién lo saben vencindarios como los del Carmelo y Nou Barris, surgidos de asentamientos de barracas y rellenos de bloques residenciales por el “barraquismo vertical”. Fuera del amparo del Estado y bajo la presión de la especulación inmobiliaria, estos barrios se hicieron a sí mismos, en una lucha constant contra la orografía, la intemperie y la pobreza. Su lucha por una vivienda digna está llena de lecciones para afrontar un reto todavía demasiado vigente:
¿cómo conseguir que la ciudad cobije a todos?
Tres cerros señalan el umbral de otra Barcelona al norte de su llanura marítima. La franja que los separa de Collserola, antiguamente un paisaje agrícola y más tarde una zona de veraneo, acabaría convirtiéndose en el territorio de acogida de muchos de los recién llegados que la ciudad recibió en la posguerra, durante su periodo de mayor expansión industrial.
...
En los asentamientos de barracas autoconstruidas, los obreros seguían trabajando los domingos para construir con sus manos infatigables las cloacas, los firmes y las aceras de unas calles informales que el Ayuntamiento no reconocía. Siempre con demasiado retraso, la administración proponía como alternativa el «chabolismo vertical», y trasladaba a los vecinos a grandes bloques de construcción apresurada, masiva, barata y precaria. Demasiado fiel a la lógica industrial, la solución quizá garan- tizaba de forma cuantitativa el derecho a la vivienda, pero rompía las calidades relacionales de los barrios y negaba a los vecinos el derecho a la ciudad. Las patologías constructivas de los edificios, la precariedad de las infraestructuras básicas, la carencia de equipamientos y transportes y la mediocridad de los espacios públicos definían un paisaje urbano sin civilidad.
Solo la lucha vecinal, la capacidad de organización de las asociaciones, su empuje y perseverancia a la hora de reclamar lo que les correspondía, defendió el tejido social y productivo de la Barcelona suburbial. Su legitimidad democratizadora trajo a los barrios escuelas, bibliotecas, parques y transportes públicos que permitirían a estos «barrios de atrás» ingresar de pleno derecho en el mapa de la ciudad oficial. Las lecciones de esta lucha son fundamentales para afrontar un interrogante que todavía, y cada vez más, está pendiente de respuesta:
¿cómo conseguir que la ciudad cobije a todo el mundo?
Ver mais:
http://www.cccb.org/es/itinerari-el_carmel_y_nou_barris_del_derecho_a_la_vivienda_al_derecho_a_la_ciudad-44610
http://www.cccb.org/rcs_gene/dossier_itineraris_carmel.pdf
22 de fevereiro de 2014
POSTsuburbia | Una guía para la rehabilitación de urbanizaciones residenciales de baja densidad.
Una guía para la rehabilitación de urbanizaciones residenciales de baja densidad.
Autora:
Zaida Muxí, profesora de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona, coordinadora de la edición.
Con textos de:
- Roser Casanovas, Adriana Ciocoletto, Marta Fonseca, Blanca Gutiérrez Valdivia, Zaida Muxí, Sara Ortiz (Colectivo Punt6).
- Arnau Andrés, Carles Baiges (LaCol).
- Jordi Franquesa, Josep Maria Solè Gras (profesores ETSAB).
Con ilustraciones de Hernan Lleida Ruiz.
Idioma: Castellano
Año: 2013
Éste es un manual para la rehabilitación de los entornos residenciales monofuncionales centrado en la vida de las personas. Las acciones están dirigidas a mejorar la autonomía, la seguridad y la igualdad de oportunidades entre las diferentes personas que las habitan. El objetivo es alcanzar modelos más compactos, de mayor densidad y de mayor autoconcentración. Se proponen mejoras progresivas que colaboren a evitar usos abusivos e insostenibles de bienes finitos y escasos como el territorio, la energía y el tiempo de las personas.
Ver mais:
http://www.comanegra.com/es/catalogo/item/223-postsuburbia
http://www.paisajetransversal.org/2014/02/postsuburbia-tras-la-herencia-del.html#more
Autora:
Zaida Muxí, profesora de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona, coordinadora de la edición.
Con textos de:
- Roser Casanovas, Adriana Ciocoletto, Marta Fonseca, Blanca Gutiérrez Valdivia, Zaida Muxí, Sara Ortiz (Colectivo Punt6).
- Arnau Andrés, Carles Baiges (LaCol).
- Jordi Franquesa, Josep Maria Solè Gras (profesores ETSAB).
Con ilustraciones de Hernan Lleida Ruiz.
Idioma: Castellano
Año: 2013
Éste es un manual para la rehabilitación de los entornos residenciales monofuncionales centrado en la vida de las personas. Las acciones están dirigidas a mejorar la autonomía, la seguridad y la igualdad de oportunidades entre las diferentes personas que las habitan. El objetivo es alcanzar modelos más compactos, de mayor densidad y de mayor autoconcentración. Se proponen mejoras progresivas que colaboren a evitar usos abusivos e insostenibles de bienes finitos y escasos como el territorio, la energía y el tiempo de las personas.
Ver mais:
http://www.comanegra.com/es/catalogo/item/223-postsuburbia
http://www.paisajetransversal.org/2014/02/postsuburbia-tras-la-herencia-del.html#more
Postsuburbia: Tras la herencia del suburbio disperso
Paisaje Transversal Blog: Postsuburbia: Tras la herencia del suburbio disper...:
« En el suburbio americano ya hace décadas que se levantan voces contra las disfunciones que genera este modelo. Por un lado William Whyte en The Organization Man (1956) denuncia como falso el sentido de comunidad que mitifica este tipo de opción. El trabajo, basado en un estudio de campo sobre la nueva clase media de Park Forest, revela la falta de raíces de los residentes y su necesidad de conformar las expectativas de los vecinos a través de las apariencias. Lewis Mumford, en un principio defensor del modelo de suburbio jardín, reconoció que este modelo urbano no creaba ciudadanos sino meros consumidores; el hombre que se desplazaba a la ciudad a trabajar durante todo el día y que solo deseaba retornar al hogar para descansar no se comprometía política ni socialmente con ninguno de los dos entornos, era un transeúnte en ambos» [1].
...
21 de fevereiro de 2014
Curso PROJECTO DE ESPAÇO PÚBLICO E DESENHO URBANO
PROJECTO DE ESPAÇO PÚBLICO E
DESENHO URBANO: NOÇÕES E PRÁTICAS DE INTERDISCIPLINA OPERATIVA NA CONCEPÇÃO E GESTÃO DE SISTEMAS DE ESPAÇOS
Quando:
21 de Fevereiro a 15 de Março
Onde:
IST - DECivil, Sala V1.01 (Piso 1)
Docente Coordenador
Prof. Pedro Brandão
Objectivos
- Conhecer a natureza interdisciplinar dos conceitos fundadores do espaço público;
- Dominar os critérios de espaço público como serviço urbano, como morfologia do espaço, como imagem, como espaço de interacções económicas e sociais de apropriação pelo uso e pelo simbolismo;
- Compreender as diferentes escalas do espaço público, os espaços naturais e as redes de espaço, em diferentes contextos espaciais e diferentes “etapes” da sua concepção e produção;
- Identificar as memórias históricas, naturais e simbólicas os elementos de mobilidade, de representação, da comunicação, da paisagem e da arte no espaço público, com o seu significado no espaço publico, o hardware (do construído) e os softwares (das relações);
- Analisar o estado da arte: Das acções de diagnóstico de necessidades, às de gestão de oportunidades e à programação, concepção, construção e manutenção;
- Diferenciar critérios e parâmetros de qualidade, na relação com diferentes escalas da produção do espaço e com a coesão social no seu uso;
- Analisar a problemática nos diferentes contextos, de concentração ou dispersão urbana, das centralidades históricas, ou dos crescimentos periféricos;
- Reconhecer as relações com actividades de planeamento e com as infra-estruturas e paisagens: definir os valores e critérios de avaliação;
- Praticar/Experimentar a avaliação processual do Projecto Urbano e a avaliação multicritério do valor, no ciclo de vida dos espaços públicos, do Programa ao Projecto e ao Uso: do potencial das oportunidades e do retorno: económico, social, ambiental e cultural (formas / usos / significados) através de estudos de casos e contextos.
Destinatários
Agentes da administração central ou local, directores, gestores de empresas ou serviços e gestores culturais ou de eventos, ligados a espaços públicos, em entidades públicas ou privadas gestoras ou reguladoras de espaços ou equipamentos colectivos; Individualmente são destinatários principais: arquitectos, paisagistas, geógrafos, engenheiros civis, do território, do ambiente, sociólogos, consultores ou outros técnicos, visando aprofundar saberes específicos e capacidades práticas, no tema.
Ver mais:
http://www.apgeo.pt/files/docs/Newsletter/ISO-8859-1ProgramaProjectoEspacoPublico_FEV2014.pdf
Quando:
21 de Fevereiro a 15 de Março
Onde:
IST - DECivil, Sala V1.01 (Piso 1)
Docente Coordenador
Prof. Pedro Brandão
Objectivos
- Conhecer a natureza interdisciplinar dos conceitos fundadores do espaço público;
- Dominar os critérios de espaço público como serviço urbano, como morfologia do espaço, como imagem, como espaço de interacções económicas e sociais de apropriação pelo uso e pelo simbolismo;
- Compreender as diferentes escalas do espaço público, os espaços naturais e as redes de espaço, em diferentes contextos espaciais e diferentes “etapes” da sua concepção e produção;
- Identificar as memórias históricas, naturais e simbólicas os elementos de mobilidade, de representação, da comunicação, da paisagem e da arte no espaço público, com o seu significado no espaço publico, o hardware (do construído) e os softwares (das relações);
- Analisar o estado da arte: Das acções de diagnóstico de necessidades, às de gestão de oportunidades e à programação, concepção, construção e manutenção;
- Diferenciar critérios e parâmetros de qualidade, na relação com diferentes escalas da produção do espaço e com a coesão social no seu uso;
- Analisar a problemática nos diferentes contextos, de concentração ou dispersão urbana, das centralidades históricas, ou dos crescimentos periféricos;
- Reconhecer as relações com actividades de planeamento e com as infra-estruturas e paisagens: definir os valores e critérios de avaliação;
- Praticar/Experimentar a avaliação processual do Projecto Urbano e a avaliação multicritério do valor, no ciclo de vida dos espaços públicos, do Programa ao Projecto e ao Uso: do potencial das oportunidades e do retorno: económico, social, ambiental e cultural (formas / usos / significados) através de estudos de casos e contextos.
Destinatários
Agentes da administração central ou local, directores, gestores de empresas ou serviços e gestores culturais ou de eventos, ligados a espaços públicos, em entidades públicas ou privadas gestoras ou reguladoras de espaços ou equipamentos colectivos; Individualmente são destinatários principais: arquitectos, paisagistas, geógrafos, engenheiros civis, do território, do ambiente, sociólogos, consultores ou outros técnicos, visando aprofundar saberes específicos e capacidades práticas, no tema.
Ver mais:
http://www.apgeo.pt/files/docs/Newsletter/ISO-8859-1ProgramaProjectoEspacoPublico_FEV2014.pdf
20 de fevereiro de 2014
SEMINÁRIO INTERNACIONAL "Nation-states crises, austerity and cities transformation in Europe"
Quando:
20 de Fevereiro
Onde:
Auditório do Instituto de Investigação Interdisciplinar da ULisboa
Ver mais:
http://www.ceg.ul.pt/descarga/Congressos_Seminarios/CRISIS&CITIES_Poster2.pdf
17 de fevereiro de 2014
Tomorrow's suburbs: Building flexible neighbourhoods
Jane-Frances Kelly
GRATTAN Institute
Setembro 2012
The fringes of Australian cities are growing at a remarkable rate. But these new neighbourhoods won’t stay new for long. Over time, the profile and needs of their residents will change, as people move in and out, age, or their life circumstances alter in other ways.
Suburbs that cannot keep up with these changes by offering different kinds of housing and services will become less desirable places to live. If they fail to attract new residents and new businesses then they won’t undergo the renewal that is essential to a successful city.
By chance, certain characteristics of the older core of our cities have proved to be very flexible. Mixed-use neighbourhoods, diverse building types and strong transport links have made redevelopment viable.
Greenfield areas tend to lack these characteristics. Instead of mixed-use neighbourhoods, residential, commercial and other activities are largely kept separate. Town centres usually lack a diversity of shops and businesses. Transport networks are sometimes weak.
This report recommends ways to make our new suburbs, shopping centres and homes more adaptable to change, without imposing undue costs on current residents. We can do many things now to ensure that our newest suburbs are flexible enough to thrive for decades to come.
Ler relatório completo:
http://grattan.edu.au/static/files/assets/bb34b48d/167_tomorrows_suburbs.pdf
GRATTAN Institute
Setembro 2012
The fringes of Australian cities are growing at a remarkable rate. But these new neighbourhoods won’t stay new for long. Over time, the profile and needs of their residents will change, as people move in and out, age, or their life circumstances alter in other ways.
Suburbs that cannot keep up with these changes by offering different kinds of housing and services will become less desirable places to live. If they fail to attract new residents and new businesses then they won’t undergo the renewal that is essential to a successful city.
By chance, certain characteristics of the older core of our cities have proved to be very flexible. Mixed-use neighbourhoods, diverse building types and strong transport links have made redevelopment viable.
Greenfield areas tend to lack these characteristics. Instead of mixed-use neighbourhoods, residential, commercial and other activities are largely kept separate. Town centres usually lack a diversity of shops and businesses. Transport networks are sometimes weak.
This report recommends ways to make our new suburbs, shopping centres and homes more adaptable to change, without imposing undue costs on current residents. We can do many things now to ensure that our newest suburbs are flexible enough to thrive for decades to come.
Ler relatório completo:
http://grattan.edu.au/static/files/assets/bb34b48d/167_tomorrows_suburbs.pdf
Conference "CITIES of Tomorrow - Investing in Europe"
Quando:
17. Feb 2014 - 18. Feb 2014
Onde:
Bruxelas - Charlemagne Building
More than two thirds of EU citizens live in urban areas – but does policy making in the EU reflect the realities of today's Europe?
As calls grow for an EU Urban Agenda, the European Commission will host a main forum and a series of side events to debate how Member States and EU institutions should work together to ensure that cities play their full role in European development – and that their needs are fully reflected in policy thinking.
"CiTIEs: Cities of Tomorrow: Investing in Europe" will provide a forum to shape a debate that matters to all of us.
Ver mais:
http://ec.europa.eu/regional_policy/conferences/urban2014/index_en.cfm
LIVE:
https://scic.ec.europa.eu/streaming/index.php?es=2&sessionno=0342c9a7b54450830e9727b98f8e3cb7
17. Feb 2014 - 18. Feb 2014
Onde:
Bruxelas - Charlemagne Building
More than two thirds of EU citizens live in urban areas – but does policy making in the EU reflect the realities of today's Europe?
As calls grow for an EU Urban Agenda, the European Commission will host a main forum and a series of side events to debate how Member States and EU institutions should work together to ensure that cities play their full role in European development – and that their needs are fully reflected in policy thinking.
"CiTIEs: Cities of Tomorrow: Investing in Europe" will provide a forum to shape a debate that matters to all of us.
Ver mais:
http://ec.europa.eu/regional_policy/conferences/urban2014/index_en.cfm
LIVE:
https://scic.ec.europa.eu/streaming/index.php?es=2&sessionno=0342c9a7b54450830e9727b98f8e3cb7
16 de fevereiro de 2014
A eficácia dos PDM no controlo da Dispersão Urbana: o caso do município de Alijó
Mónica Paula Mourão Pinto
Vila Real, 2009
RESUMO
Instituídos a partir dos anos 80 do século passado, os Planos Directores Municipais constituem o principal instrumento de ordenamento do território à escala local. Um dos principais objectivos destes instrumentos de gestão do território é o do controlo da dispersão urbana. Ou seja, a contenção das edificações nos perímetros urbanos classificados como tal, evitando assim as consequências nefastas de uma expansão urbana descontrolada. Esta dissertação procura analisar em que medida estes planos cumpriram esse objectivo, através da análise de um caso de estudo, o do concelho de Alijó no alto Douro Vinhateiro. O estudo com recurso ao SIG, baseando-se numa análise das dinâmicas de edificação urbana, entre 1995 e 2005. Os resultados obtidos demonstram que estes instrumentos estão longe de conseguirem eficazmente este objectivo, sendo necessário proceder a alterações substanciais no regulamento destes planos e até numa abordagem teórica e empíricas do processo de planeamento territorial em Portugal.
Ler dissertação de mestrado completa:
https://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/354/1/msc_mpmpinto.pdf
Vila Real, 2009
RESUMO
Instituídos a partir dos anos 80 do século passado, os Planos Directores Municipais constituem o principal instrumento de ordenamento do território à escala local. Um dos principais objectivos destes instrumentos de gestão do território é o do controlo da dispersão urbana. Ou seja, a contenção das edificações nos perímetros urbanos classificados como tal, evitando assim as consequências nefastas de uma expansão urbana descontrolada. Esta dissertação procura analisar em que medida estes planos cumpriram esse objectivo, através da análise de um caso de estudo, o do concelho de Alijó no alto Douro Vinhateiro. O estudo com recurso ao SIG, baseando-se numa análise das dinâmicas de edificação urbana, entre 1995 e 2005. Os resultados obtidos demonstram que estes instrumentos estão longe de conseguirem eficazmente este objectivo, sendo necessário proceder a alterações substanciais no regulamento destes planos e até numa abordagem teórica e empíricas do processo de planeamento territorial em Portugal.
Ler dissertação de mestrado completa:
https://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/354/1/msc_mpmpinto.pdf
15 de fevereiro de 2014
Dimensões da urbanização dispersa e proposta metodológica para estudos comparativos: uma abordagem socioespacial em aglomerações urbanas brasileiras
Ricardo Ojima
Revista Brasileira de Estudos de População
vol.24 no.2 São Paulo July/Dec. 2007
RESUMO
Este artigo procura abordar a urbanização brasileira sob uma perspectiva comparativa, a partir da construção de um Indicador de Dispersão Urbana, visando contribuir na análise dos desafios para uma urbanização sustentável. Trata-se da busca de evidências que confirmem as proposições teóricas de uma nova etapa do desenvolvimento da sociedade moderna (riscos socioambientais) e os desafios para análise da relação população-ambiente nos contextos urbanos. Para compor um indicador sintético de dispersão urbana para as aglomerações urbanas brasileiras, foram consideradas as seguintes dimensões sociais e espaciais: densidade, fragmentação, orientação e centralidade. Os resultados obtidos foram compatíveis com as evidências apontadas pela literatura internacional, expondo os novos desafios para planejamento urbano e ambiental.
Ler artigo completo:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982007000200007&script=sci_arttext
Revista Brasileira de Estudos de População
vol.24 no.2 São Paulo July/Dec. 2007
RESUMO
Este artigo procura abordar a urbanização brasileira sob uma perspectiva comparativa, a partir da construção de um Indicador de Dispersão Urbana, visando contribuir na análise dos desafios para uma urbanização sustentável. Trata-se da busca de evidências que confirmem as proposições teóricas de uma nova etapa do desenvolvimento da sociedade moderna (riscos socioambientais) e os desafios para análise da relação população-ambiente nos contextos urbanos. Para compor um indicador sintético de dispersão urbana para as aglomerações urbanas brasileiras, foram consideradas as seguintes dimensões sociais e espaciais: densidade, fragmentação, orientação e centralidade. Os resultados obtidos foram compatíveis com as evidências apontadas pela literatura internacional, expondo os novos desafios para planejamento urbano e ambiental.
Ler artigo completo:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982007000200007&script=sci_arttext
13 de fevereiro de 2014
Conferência REGRESSO ÀS REGIÕES E ÀS CIDADES NA EUROPA
Quando:
13 Fev. 2014
Onde:
Porto - Fundação de Serralves
Oradores:
António Costa, Miguel Poiares Maduro
Moderador:
Fátima Campos Ferreira
A Europa impôs naturalmente a região como unidade central de uma política de intervenção estratégica e financeira. Da Europa dos Estados passou-se a uma Europa das Regiões, mas não se estará a passar para uma Europa das Cidades.
Não serão as cidades os verdadeiros protagonistas desta nova organização territorial?
Não será o "rizoma das cidades” a verdadeira matriz da futura organização social?
Esta sessão faz parte do Ciclo de Conferências "O estado das coisas / As coisas do Estado"
Ver mais:
http://www.serralves.pt/pt/actividades/regresso-as-regioes-e-as-cidades-na-europa/?menu=675#sthash.usHPyyRH.dpuf
12 de fevereiro de 2014
As Cidades e o Desenvolvimento no Futuro
Ciclo de Conferências
Olhares Cruzados sobre Portugal
Quando:
12 fev 2014 | 18:00
Onde:
Fundação Calouste Gulbenkian - Auditório 2
Com quem:
António Costa
Rui Moreira
Moderação:
António Barreto
Ver mais:
http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/Agenda/Eventos/Evento?a=4715
Olhares Cruzados sobre Portugal
Quando:
12 fev 2014 | 18:00
Onde:
Fundação Calouste Gulbenkian - Auditório 2
Com quem:
António Costa
Rui Moreira
Moderação:
António Barreto
Ver mais:
http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/Agenda/Eventos/Evento?a=4715
9 de fevereiro de 2014
PARECER AO PROJETO DE LEI DE BASES DO SOLO, O.T. E URBANISMO
Jorge Carvalho e Fernanda Paula Oliveira enviaram à A.R. sugestão de alterações à Proposta de Lei que visa estabelecer as bases gerais da política pública de solos, ordenamento do território e urbanismo, tendo sido chamados para audição parlamentar.
Está em discussão na Assembleia da República uma Proposta de Lei que visa estabelecer as bases gerais da política pública de solos, ordenamento do território e urbanismo.
Jorge Carvalho e Fernanda Paula Oliveira consideram que, mesmo que globalmente positiva, a Proposta em apreço não altera nem resolve problemas essenciais da legislação em vigor, os quais têm originado consequências muito negativas na ocupação do território.
Assim pensando, enviaram à Assembleia da República sugestões para alterações concretas à Proposta de Lei, incidindo nesses problemas essenciais.
Reportam-se, em concreto, à:
- Classificação do solo (artigo 10.º)
- Afetação de mais-valias originadas pela classificação do solo como urbano e pela sua consequente transformação (artigos 13.º, 15.º, 67.º a 69.º e 71.º)
- Articulação desta Lei com a demais legislação em vigor (artigos 81.º e 84.º)
Ler parecer:
http://www.ordenaracidade.pt/trabalhos/#parecer-ao-projeto-de-lei-de-bases-do-solo-ordenamento-do-territorio-e-urbanismo
Está em discussão na Assembleia da República uma Proposta de Lei que visa estabelecer as bases gerais da política pública de solos, ordenamento do território e urbanismo.
Jorge Carvalho e Fernanda Paula Oliveira consideram que, mesmo que globalmente positiva, a Proposta em apreço não altera nem resolve problemas essenciais da legislação em vigor, os quais têm originado consequências muito negativas na ocupação do território.
Assim pensando, enviaram à Assembleia da República sugestões para alterações concretas à Proposta de Lei, incidindo nesses problemas essenciais.
Reportam-se, em concreto, à:
- Classificação do solo (artigo 10.º)
- Afetação de mais-valias originadas pela classificação do solo como urbano e pela sua consequente transformação (artigos 13.º, 15.º, 67.º a 69.º e 71.º)
- Articulação desta Lei com a demais legislação em vigor (artigos 81.º e 84.º)
Ler parecer:
http://www.ordenaracidade.pt/trabalhos/#parecer-ao-projeto-de-lei-de-bases-do-solo-ordenamento-do-territorio-e-urbanismo
8 de fevereiro de 2014
Exposição "Território comum - Imagens do Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa, 1955-1957"
Quando:
entre 8 de Fevereiro e 25 de Maio de 2014
Onde:
Escola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha
Esta é a primeira mostra da colecção que reúne 100 revelações do espólio da Ordem dos Arquitectos, cujo levantamento fotográfico foi coordenado por Francisco Keil do Amaral, dando origem em 1961 à publicação “Arquitectura Popular em Portugal”.
Trata-se de mais uma iniciativa no âmbito do Parque de Escultura Contemporânea Almourol.
Entre 1955 e 1957 o então Sindicato Nacional dos Arquitectos levou a cabo um levantamento denominado “Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa”. Sob a coordenação do arquitecto Francisco Keil do Amaral 18 arquitectos realizaram cerca de dez mil fotografias. Contudo, apenas uma pequena parcela foi reproduzida na já célebre publicação A Arquitectura Popular em Portugal, de 1961, uma obra fundamental na sedimentação de um certo imaginário do território português.
Em 2011, a Ordem dos Arquitectos (OA) assinalou os 50 anos da primeira edição através duma iniciativa que possibilitou uma maior e melhor divulgação desta sua colecção. Foram classificadas, tratadas e digitalizadas as imagens pertencentes ao espólio original e colocadas on-line (www.oapix.org.pt), dando visibilidade pública a muitas fotografias que nunca foram incluídas nas quatro edições do livro.
Sem as limitações conceptuais e funcionais que orientaram a organização do livro A Arquitectura Popular em Portugal, esta exposição, composta por uma selecção de 100 novas impressões fotográficas, propõe uma nova e mais abrangente incursão por esse imenso e extraordinário espólio fotográfico. Propomos uma exposição de fotografia que vai muito para além de uma exposição de fotografias de arquitectura, com a plena convicção de que o valor inestimável deste espólio reside precisamente na riqueza temática e estética de uma colecção de imagens que se distingue por uma articulação produtiva e inovadora entre o esforço de documentação das feições vernaculares de um país e as possibilidades estéticas e plásticas inerentes à representação fotográfica.
Se o IARP colocou a ênfase na análise da arquitectura, esta exposição coloca a ênfase no olhar sobre a arquitectura que desponta e que é legitimado neste projecto, com a convicção de que a motivação por uma nova abordagem da arquitectura implicou necessariamente uma renovada atitude perceptiva, que explorou as oportunidades de um território comum entre a arquitectura e a fotografia, em que a espontaneidade e intuição da arquitectura popular encontram a justa correspondência na espontaneidade e intuição da representação fotográfica. E o resultado não poderia ter sido mais arrebatador: uma visão que aglutina e cruza tempos e origens históricas, que procura as marcas e os gestos que moldaram a face identitária deste território singular, a agreste finisterra atlântica da mais ocidental das penínsulas mediterrânicas da Europa.
Ler mais:
http://www.arquitectos.pt/?no=2020494762,153
7 de fevereiro de 2014
Newsletter 03
http://www.ordenaracidade.pt/
Newsletter 03 | 07 de Fevereiro de 2014
Notícias
Convidamo-los a conhecer o parecer ao Projeto de Lei de bases do solo, ordenamento do território e urbanismo enviado à Assembleia da República.
Os autores, Jorge Carvalho e Fernanda Paula Oliveira, foram chamados para audição parlamentar.
Recebeu este email porque está registado na newsletter do grupo http://www.ordenaracidade.pt/
Se pretender dialogar connosco, reforçar pontos de vista, contestar as nossas opiniões, poderá usar o contacto de email geral@ordenaracidade.pt
6 de fevereiro de 2014
Smartcitizens: De la smart city a la ciudadanía inteligente
La smart city, esa gran promesa contemporánea para dar solución a las problemáticas de la ciudad, arrastra una trayectoria de contradicciones, que desemboca en un nuevo término heredero de conceptos arraigados en la sociedad del conocimiento: smartcitizens. Precisamente el reconocimiento de esta expresión hace patente la necesidad de revisar los impactos derivados de soluciones urbanas exclusivamente tecnológicas que dieron forma a las propuestas iniciales de las smart cities. Así, el concepto smartcitizens representa a las iniciativas fruto de la inteligencia colectiva que proyectan el camino hacia el cambio de la estructura socioeconómica de nuestras ciudades, basado en la capacidad de estar conectados, compartir información y ser proactivos con nuestro entorno.
Fragmento de diagrama de frenología de Vaught’s Practical Character Reader (1902) (fuente: The Public Domain Review)
Smart cities aquí, smart cities allí, smart cities everywhere. Desde hace unos años estamos siendo testigos del boom de las smart cities («ciudades inteligentes»), hasta el punto que parece que de la noche a la mañana todas las ciudades son smart1. De esta manera, la popularidad del término ha experimentado un crecimiento exponencial, eclipsando otras conceptualizaciones previas más integrales como la «ciudad sostenible»2, o aquellas otras que respondían de una manera más adecuada a la era en red y a las nuevas relaciones socioeconómicas derivadas de ella, como la «ciudad del conocimiento»3. ...
Para entender esta disruptiva realidad, deberíamos de preguntarnos por las causas y consecuencias del fenómeno de las ciudades inteligentes y, a partir de ahí, comenzar a construir (o recuperar) un marco conceptual urbano que realmente responda a las necesidades de la ciudadanía y esté dirigido hacia una mejora efectiva e integral del hábitat urbano.
...
Mucho ruido y pocas nueces
...
Abrir la smart city a la ciudadanía
...
Ciudades inteligentes de código abierto
...
Pero más allá de esta visión altamente tecnificada de las smart cities y de la ciudadanía inteligente ultraconectada, lo que desde el concepto smartcitizens también se reivindica es la necesaria revisión de la conceptualización que hacemos de tecnología dirigida a construir ciudad. Y aquí la inteligencia de la tecnología no se mide en la sofisticación de la técnica que la genera, sino por su capacidad para generar comunidad, tejer red y establecer canales de transferencia de saberes que promuevan la autonomía social. De nuevo, se produce un quiebro en el discurso dominante, ya que desde esta óptica un huerto urbano es tan inteligente o más que un smartphone.
En definitiva, lo que la figura smartcitizens reivindica es que la tecnología urbana más eficiente es aquella que nace desde la inteligencia colectiva, ayuda a generar comunidad, establece cauces de apropiación ciudadana, es replicable, es eficiente y tiene como objeto resolver las necesidades reales de la sociedad civil. Las y los smartcitizens revelan que el futuro de las ciudades está en nuestras manos, en las de la ciudadanía inteligente y colaborativa.
Ler artigo completo:
http://www.paisajetransversal.org/2014/02/smartcitizens-de-la-smart-city-la.html#more
5 de fevereiro de 2014
Paolo Soleri’s Arcosanti : The City in the Image of Man
70 miles north of Phoenix, in central Arizona lies an experimental town created by Paolo Soleri, intended to house 5,000 people. Arcosanti is the study of the concept of arcology, which combines architecture and ecology. The intensions of this community is to form a gestalt that houses the relations and interactions that living organisms have with respect to each other and their natural environment.
© Ken Howie
In 1970, Paolo Soleri embarked on what is his most ambitious work, Arcosanti. Located in the high desert of central Arizona, Arcosanti is being constructed as a prototype arcology. Arcosanti is a materialization of arcology theoretics; the community embodies Soleri’s vision for a sustainable urban alternative. Since its inception in 1970, the development and construction of Arcosanti has been at the center of Soleri’s life and work.
Arcology is Paolo Soleri’s concept for cities that embody the co-presence of architecture and ecology. The arcology concept proposes a highly integrated and compact three-dimensional urban form that is the opposite of suburban sprawl, with its inherently wasteful consumption of resources and tendency to isolate people from each other and the community. The miniaturization of the physical environment of the city enables effective conservation of land, energy and resources.
Jeff Buderer presents the Arcosanti plaza vault to students
Traditionally, an arcology is a set of architectural design principles aimed toward the design hyperstructure habitats of extremely high human population density.
An arcology is distinguished from a merely large building or habitat in that it is supposed to sustainably supply all or most of the resourses for comfortable life: power, climate control, food production air and water purification, sewage treatment, etc...
It is supposed to supply these items for a large population. Also, an arcology would need no connections to municipal or urban infrastructure in order to operate.
Arcologies were proposed to reduce human impacts on natural resources. Arcology designs often apply conventional building and civil engineering techniques in very large, but practical projects in order to achieve economies that are difficult to achieve in other ways. Frank Lloyd Wright proposed an early version with his Broadacre City.
...
Ler artigo completo:
http://www.archdaily.com/159763/paolo-soleris-arcosanti-the-city-in-the-image-of-man/
© Ken Howie
In 1970, Paolo Soleri embarked on what is his most ambitious work, Arcosanti. Located in the high desert of central Arizona, Arcosanti is being constructed as a prototype arcology. Arcosanti is a materialization of arcology theoretics; the community embodies Soleri’s vision for a sustainable urban alternative. Since its inception in 1970, the development and construction of Arcosanti has been at the center of Soleri’s life and work.
Arcology is Paolo Soleri’s concept for cities that embody the co-presence of architecture and ecology. The arcology concept proposes a highly integrated and compact three-dimensional urban form that is the opposite of suburban sprawl, with its inherently wasteful consumption of resources and tendency to isolate people from each other and the community. The miniaturization of the physical environment of the city enables effective conservation of land, energy and resources.
Jeff Buderer presents the Arcosanti plaza vault to students
Traditionally, an arcology is a set of architectural design principles aimed toward the design hyperstructure habitats of extremely high human population density.
An arcology is distinguished from a merely large building or habitat in that it is supposed to sustainably supply all or most of the resourses for comfortable life: power, climate control, food production air and water purification, sewage treatment, etc...
It is supposed to supply these items for a large population. Also, an arcology would need no connections to municipal or urban infrastructure in order to operate.
Arcologies were proposed to reduce human impacts on natural resources. Arcology designs often apply conventional building and civil engineering techniques in very large, but practical projects in order to achieve economies that are difficult to achieve in other ways. Frank Lloyd Wright proposed an early version with his Broadacre City.
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http://www.archdaily.com/159763/paolo-soleris-arcosanti-the-city-in-the-image-of-man/
Masdar : la cité-laboratoire
En cours de construction près d'Abou Dhabi, ce projet de ville durable et intelligente est le plus ambitieux au monde.
4 FÉVRIER 2014
Masdar a l’air d’un mirage. De loin, la ville paraît un gros bâtiment multicolore dressé sur l’horizon. L’illusion tient en partie à sa situation singulière : près de l’aéroport d’Abou Dhabi, juste de l’autre côté de l’autoroute du golfe Persique, dans un coin de désert profondément inhospitalier. Masdar est séparé du centre d’Abou Dhabi par une trentaine de kilomètres...
...
Mais l’illusion porte aussi sur la densité : projet urbanistique de quelque 18 milliards de dollars [13 milliards d’euros], Masdar doit accueillir à terme 40 000 habitants sur à peine plus de 5 kilomètres carrés. C’est l’écoville la plus ambitieuse au monde. Les voitures en sont proscrites. Les visiteurs doivent parquer leurs véhicules dans un parking géant implanté au nord de la ville.
...
En 2006, le gouvernement d’Abou Dhabi, Etat le plus riche en pétrole des Emirats arabes unis, a annoncé qu’il allait investir 22 milliards de dollars pour devenir un des leaders des énergies renouvelables. Abou Dhabi est l’Etat pétrolier par excellence. Son empreinte écologique par habitant est la troisième au monde.
Modèle d’innovation. Le gouvernement de ce minuscule Etat du sud du golfe Persique s’est lancé dans une aventure à laquelle aucune autre nation ne s’est sérieusement risquée. L’idée de départ : construire à partir de rien une ville à empreinte carbone nulle, qui ne produise pas de déchets, dans un coin de désert inexploité. Masdar devait être une expérience, un champ où tester à grande échelle technologies propres et projets d’énergie renouvelable.
...
Ler artigo completo:
http://www.courrierinternational.com/article/2014/02/04/masdar-la-cite-laboratoire?utm_campaign=&utm_medium=email&utm_source=Courrier+international+au+quotidien
Ler também: http://www.wired.co.uk/magazine/archive/2013/12/features/reality-hits-masdar
4 FÉVRIER 2014
Masdar a l’air d’un mirage. De loin, la ville paraît un gros bâtiment multicolore dressé sur l’horizon. L’illusion tient en partie à sa situation singulière : près de l’aéroport d’Abou Dhabi, juste de l’autre côté de l’autoroute du golfe Persique, dans un coin de désert profondément inhospitalier. Masdar est séparé du centre d’Abou Dhabi par une trentaine de kilomètres...
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Mais l’illusion porte aussi sur la densité : projet urbanistique de quelque 18 milliards de dollars [13 milliards d’euros], Masdar doit accueillir à terme 40 000 habitants sur à peine plus de 5 kilomètres carrés. C’est l’écoville la plus ambitieuse au monde. Les voitures en sont proscrites. Les visiteurs doivent parquer leurs véhicules dans un parking géant implanté au nord de la ville.
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En 2006, le gouvernement d’Abou Dhabi, Etat le plus riche en pétrole des Emirats arabes unis, a annoncé qu’il allait investir 22 milliards de dollars pour devenir un des leaders des énergies renouvelables. Abou Dhabi est l’Etat pétrolier par excellence. Son empreinte écologique par habitant est la troisième au monde.
Modèle d’innovation. Le gouvernement de ce minuscule Etat du sud du golfe Persique s’est lancé dans une aventure à laquelle aucune autre nation ne s’est sérieusement risquée. L’idée de départ : construire à partir de rien une ville à empreinte carbone nulle, qui ne produise pas de déchets, dans un coin de désert inexploité. Masdar devait être une expérience, un champ où tester à grande échelle technologies propres et projets d’énergie renouvelable.
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Ler artigo completo:
http://www.courrierinternational.com/article/2014/02/04/masdar-la-cite-laboratoire?utm_campaign=&utm_medium=email&utm_source=Courrier+international+au+quotidien
Ler também: http://www.wired.co.uk/magazine/archive/2013/12/features/reality-hits-masdar
4 de fevereiro de 2014
A valorização económica da bicicleta em Portugal - Importância e realidade
José Carlos Mota
Frederico Moura Sá
(docentes e investigadores do DCSPtu-ua)
O tema da bicicleta e da mobilidade ciclável tem ganho, nos últimos tempos, um crescente interesse e atenção, seja pela crescente visibilidade nos media, pelo número de utilizadores, seja ainda pelo facto de estar alinhado com um conjunto de preocupações da sociedade contemporânea, de natureza global, sobretudo ligada a questões ambientais e energéticas (relacionadas com a dependência dos combustíveis fósseis, a poluição e as alterações climáticas) e de natureza individual, relacionadas com o bem-estar e a saúde, tendo-se transformando numa espécie de novo «zeitgeist», um novo espírito do tempo
Em Portugal, as autoridades públicas locais olham para esta questão como uma oportunidade para mudar o paradigma de mobilidade e também para promover ambientes urbanos mais amigáveis, capazes de assegurar maior sociabilização, e têm vindo a produzir investimento sobretudo na melhoria da infraestrutura ciclável, maioritariamente associada a frentes de água e a percursos lúdicos, em alguns casos, sacrificando o espaço pedonal, e um menos evidente esforço em equipamentos de apoio (estacionamento e duches). Paralelamente, e de forma mais tímida, têm vindo a implementar sistemas coletivos de uso de bicicleta – “Bikesharing” – associadas à qualificação do ambiente urbano ou à melhoria da oferta turística, casos de torres Vedras ou Águeda e Murtosa ou Vilamoura, respetivamente.
Alguns municípios e empresas têm vindo a trabalhar com organizações do Sistema Científico-tecnológico (SCT), desenvolvendo projetos de investigação e de desenvolvimento centrados na bicicleta com preocupações de articular o conhecimento ligado à tecnologia, ciência, design e materiais e a valorização social e económica do território. mas, apesar dos resultados (caso do BikeEmotion, por exemplo), a capacidade de replicação das aprendizagens noutros contextos mais alargados ainda não é evidente.
Ao nível das políticas públicas nacionais, o desenvolvimento do Plano de Promoção da Bicicleta e outros modos Suaves 2013-2020 pelo IMTT foi um exercício oportuno mas, apesar do conjunto relevante de propostas que produziu, ainda não teve consequências ou resultados visíveis. Destaque-se, no entanto, a recente alteração legislativa ao Código da Estrada, que promoveu uma maior proteção e defesa dos ciclistas, seja pelos direitos que lhes são diretamente atribuídos, seja pela clara intenção de promover no espaço urbano menores diferenciais de velocidade entre utilizadores (com destaque para a criação das Zonas 30). Porventura a mais relevante modificação do contexto de promoção do uso da bicicleta está associado ao aparecimento de movimentos cívicos que se organizam em torno da promoção da utilização da bicicleta (entre os quais emergiram a MUBI e outras organizações associadas ao movimento Massa Crítica) com iniciativa relevante de estímulo da utilização em meio urbano e de reflexão crítica sobre políticas e propostas com impacto na mobilidade suave.
Da análise aos projetos e iniciativas que têm sido produzidas nos últimos anos é possível produzir duas leituras distintas: uma primeira, centrada na procura de mudar e qualificar padrões de deslocação, assentando para o efeito na criação/melhoria de infraestrutura e na alteração do quadro legal em vigor (assegurando uma maior proteção dos ciclistas). E uma segunda, menos evidente, associada à valorização económica da bicicleta e da mobilidade suave, quer através do estímulo à produção industrial e consequente incorporação do valor associado ao design e materiais, quer da promoção de mobilidade ligada ao lazer e turismo. No entanto, existe a consciência de que a “realidade ciclável” em Portugal é muito mais vasta e complexa, envolvendo um número crescente de utilizadores com motivações distintas - de deslocação do dia a dia, desporto, lazer ou turismo - cujas necessidades e motivações se desconhecem e cujos efeitos estão por analisar.
Ler artigo completo:
http://ordenaracidade.pt/site-jcarvalho/assets/files/2052/tr_130_valoriza_o_da_bicicleta.pdf
Frederico Moura Sá
(docentes e investigadores do DCSPtu-ua)
O tema da bicicleta e da mobilidade ciclável tem ganho, nos últimos tempos, um crescente interesse e atenção, seja pela crescente visibilidade nos media, pelo número de utilizadores, seja ainda pelo facto de estar alinhado com um conjunto de preocupações da sociedade contemporânea, de natureza global, sobretudo ligada a questões ambientais e energéticas (relacionadas com a dependência dos combustíveis fósseis, a poluição e as alterações climáticas) e de natureza individual, relacionadas com o bem-estar e a saúde, tendo-se transformando numa espécie de novo «zeitgeist», um novo espírito do tempo
Em Portugal, as autoridades públicas locais olham para esta questão como uma oportunidade para mudar o paradigma de mobilidade e também para promover ambientes urbanos mais amigáveis, capazes de assegurar maior sociabilização, e têm vindo a produzir investimento sobretudo na melhoria da infraestrutura ciclável, maioritariamente associada a frentes de água e a percursos lúdicos, em alguns casos, sacrificando o espaço pedonal, e um menos evidente esforço em equipamentos de apoio (estacionamento e duches). Paralelamente, e de forma mais tímida, têm vindo a implementar sistemas coletivos de uso de bicicleta – “Bikesharing” – associadas à qualificação do ambiente urbano ou à melhoria da oferta turística, casos de torres Vedras ou Águeda e Murtosa ou Vilamoura, respetivamente.
Alguns municípios e empresas têm vindo a trabalhar com organizações do Sistema Científico-tecnológico (SCT), desenvolvendo projetos de investigação e de desenvolvimento centrados na bicicleta com preocupações de articular o conhecimento ligado à tecnologia, ciência, design e materiais e a valorização social e económica do território. mas, apesar dos resultados (caso do BikeEmotion, por exemplo), a capacidade de replicação das aprendizagens noutros contextos mais alargados ainda não é evidente.
Ao nível das políticas públicas nacionais, o desenvolvimento do Plano de Promoção da Bicicleta e outros modos Suaves 2013-2020 pelo IMTT foi um exercício oportuno mas, apesar do conjunto relevante de propostas que produziu, ainda não teve consequências ou resultados visíveis. Destaque-se, no entanto, a recente alteração legislativa ao Código da Estrada, que promoveu uma maior proteção e defesa dos ciclistas, seja pelos direitos que lhes são diretamente atribuídos, seja pela clara intenção de promover no espaço urbano menores diferenciais de velocidade entre utilizadores (com destaque para a criação das Zonas 30). Porventura a mais relevante modificação do contexto de promoção do uso da bicicleta está associado ao aparecimento de movimentos cívicos que se organizam em torno da promoção da utilização da bicicleta (entre os quais emergiram a MUBI e outras organizações associadas ao movimento Massa Crítica) com iniciativa relevante de estímulo da utilização em meio urbano e de reflexão crítica sobre políticas e propostas com impacto na mobilidade suave.
Da análise aos projetos e iniciativas que têm sido produzidas nos últimos anos é possível produzir duas leituras distintas: uma primeira, centrada na procura de mudar e qualificar padrões de deslocação, assentando para o efeito na criação/melhoria de infraestrutura e na alteração do quadro legal em vigor (assegurando uma maior proteção dos ciclistas). E uma segunda, menos evidente, associada à valorização económica da bicicleta e da mobilidade suave, quer através do estímulo à produção industrial e consequente incorporação do valor associado ao design e materiais, quer da promoção de mobilidade ligada ao lazer e turismo. No entanto, existe a consciência de que a “realidade ciclável” em Portugal é muito mais vasta e complexa, envolvendo um número crescente de utilizadores com motivações distintas - de deslocação do dia a dia, desporto, lazer ou turismo - cujas necessidades e motivações se desconhecem e cujos efeitos estão por analisar.
Ler artigo completo:
http://ordenaracidade.pt/site-jcarvalho/assets/files/2052/tr_130_valoriza_o_da_bicicleta.pdf
2 de fevereiro de 2014
Ordenar a Cidade (2ª edição)
Autor:
Jorge Carvalho
2013
Contributo para um melhor ordenamento do território urbano, em que o Autor, descontente e inconformado com o processo de transformação do território que tem vindo a acontecer, em Portugal, nas últimas décadas, e partindo da análise relativa a dezasseis capitais de distritais do Continente (que não Lisboa e Porto), procura formular um modelo para as cidades portuguesas.
Tal modelo de ordenamento procura incorporar, de forma articulada, orientações para a organização territorial da cidade, para o desenvolvimento de uma política fundiária, e para o adequado financiamento da infraestrutura pública.
“Ordenar a cidade” exprime também a necessidade sentida pelo Autor de abrir um patamar de investigação e reflexão que incorporasse a experiência profissional acumulada e que a confrontasse com outras práticas e outros saberes.
PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO
Foi na viragem de século, já lá vai uma dúzia de anos, que escrevi o Ordenar a Cidade. Reedita-se agora sem qualquer alteração porque, infelizmente, o diagnóstico relativo a cidades portuguesas e o conteúdo das propostas de ordenamento que integram se mantêm atuais. Factos posteriores vieram confirmar o que na altura se conhecia e se perspetivava. Exercício profissional e posterior investigação permitiram aprofundamentos mas, no essencial, validação das propostas então formuladas.
A crise do imobiliário, que não se sabia quando ocorreria mas já se adivinhava inevitável, travou a dinâmica edificatória galopante, mas não originou alterações qualitativas significativas na forma como o território tem vindo a ser ocupado.
Olhando para as cidades portuguesas na sua generalidade e globalidade, confirma-se a leitura – hoje mais óbvia que então – de que não têm crescido de forma organizada, poucas vezes obedecendo a estratégia ou modelo de ordenamento que sejam percetíveis.
As dinâmicas instaladas traduzem-se, maioritariamente, em novos fragmentos urbanos e edificações dispersas, desarticulados e casuísticos, alimentados por uma mobilidade assente no automóvel individual.
Numa visão quantitativa, os Censos de 2011 revelam que se manteve a relação que tem caracterizado as relações entre população e alojamento em Portugal: crescimento significativo do número de famílias, essencialmente explicado por profundas alterações sociológicas, traduzidas na diminuição do rácio pessoas/família; crescimento muito maior do número de alojamentos, com o consequente aumento de fogos vagos e de segunda residência. Nesta década, como nas duas anteriores, o crescimento dos alojamentos ainda duplicou o crescimento das famílias.
Também a prática urbanística municipal se manteve sem grandes alterações, caracterizando-se fundamentalmente por:
– Existência de Plano Diretor Municipal (PDM) que, na sua maioria, se resume a um plano zonamento, com perímetros urbanos muito alargados, estabelecendo usos dominantes e regras edificatórias quantitativas.
– Licenciamento urbanístico casuístico, fechado nos limites de cada propriedade, dependendo da vontade (ou da falta dela) de cada proprietário, aceite ou recusado em função do PDM.
– Algumas, não muitas, operações urbanísticas de iniciativa pública, quase sempre subordinadas às oportunidades decorrentes de fundos estruturais europeus.
– Tendência para viabilizar qualquer proposta de investimento de grande dimensão, mesmo quando exija alteração do plano, já que é assumida como oportunidade de desenvolvimento.
Novidade apenas, talvez, alguma assimilação dos paradigmas sustentabilidade, estratégia e governança, com forte expressão ao nível discursivo, mas com poucas consequências, para além da de serem invocadas (com ou sem coerência) na justificação das iniciativas públicas ou privadas de maior dimensão.
Não obstante realizações pontuais qualificadoras do território, algumas até de indiscutível qualidade, a grande maioria das operações urbanísticas, os investimentos realizados pelos diversos e numerosos agentes que atuam no território, têm-se mantido casuísticos, desarticuladas entre si, delapidando recursos, não originando ordenamento.
As propostas contidas no Ordenar a Cidade mantêm-se, então, totalmente atuais, sendo que algumas delas (não todas) coincidem com opiniões técnicas e com documentos oficiais nacionais entretanto consensualizados ou produzidos.
Abordam-se aqui, de forma seletiva e sintética, confrontando-as com pensamento e dinâmicas atuais.
Contrariar o espalhar de novas urbanizações e edificações pelo território, apostar na reabilitação e colmatação urbanas, é objetivo que parece reunir consenso.
Na Europa, mais de 50% do investimento em habitação tem ocorrido na recuperação e renovação de edifícios existentes; em Portugal apenas 10%. Esta simples comparação, e os muitos edifícios degradados presentes em todo o território, põem em evidência o desperdício de recursos a que temos assistido e o mau viver que acarreta.
PNPOT, demais documentos oficiais e perspetivas de apoio financeiro apontam o caminho da reabilitação. As associações de industriais já espreitam essa oportunidade. Perfila-se, pois, como um caminho a percorrer, exigindo alterações ao nível da fiscalidade (IMI, IRC e IRS), na prática do ordenamento do território e em todo o sistema produtivo associado à construção civil.
A problemática da ocupação dispersa tem sido, também, crescentemente considerada. PNPOT, PROT e demais documentos oficiais apontam claramente o objetivo de combater o seu alastramento.
Concluída, agora, a investigação Ocupação Dispersa: custos e benefícios, à escala local (que coordenei e que será objeto de publicação), nela se confirma que a ocupação dispersa é muito mais dispendiosa que a concentrada, pelo menos no que respeita ao consumo de solo e ao custo das infraestruturas, justificando-se assim a decisão de contrariar o seu alastramento.
Mas, para além disso, há que assumir e ordenar a ocupação dispersa existente, neste Livro designada como cidade campestre, designação com a qual se pretendia sublinhar o facto de ela fazer parte da atual cidade alargada. Reconhecendo a própria realidade, seria útil abandonar o atual paradigma legal que obriga à classificação dicotómica do solo como urbano ou rural. A ocupação dispersa existe, pode ser delimitada, e corresponde a uma mistura entre urbano e rural, que como tal deveria ser assumida, estabilizada e ordenada.
Tal ordenamento exige conceitos e regras próprias, nomeadamente:
– Reconhecimento da existência de áreas agrícola/florestais da cidade alargada (assim se denominam neste livro), para as quais deveriam ser estabelecidos usos e estatuto próprios, apoios e condicionantes, eliminando a expectativa de poderem vir a ser urbanizados.
– Clarificação do nível de serviço de infraestrutura pública em cada área de ocupação dispersa (inferior ao da concentrada), explicitação dos respetivos custos, clarificação sobre quem os deverá suportar.
O presente Livro encara, então, a atual cidade alargada, a qual integra áreas de edificação concentrada que importa reabilitar e colmatar, mas também áreas de ocupação dispersa que necessitam de ser ordenadas.
Para ordenar esta cidade alargada aponta diversos caminhos (e respetivos fundamentos teóricos) que, em nova investigação que agora se perspetiva, constituem ponto de partida para formulação de metodologia para o ordenamento (físico) de territórios urbanos, e que denominamos Matriz de Ordenamento.
Tal Matriz assenta em Redes Estruturantes (essencialmente, rede de mobilidade, estrutura ecológica e polos de vivência, elementos estruturantes que se pretendem articulados entre si) e em Unidades Territoriais (cada uma delas com a sua vivência e identidade próprias e, quando possível, com as suas fronteiras, que se pretendem percetíveis, mas também permeáveis e amigáveis). É aplicável a cada um dos diversos âmbitos territoriais (área metropolitana, cidade alargada, parte de cidade, unidade territorial de base1[1]), visando a articulação entre todos e cada um dos elementos estruturantes, hierarquizados, associáveis a cada um dos âmbitos considerados.
Esta proposta metodológica reúne conceitos diversos, antigos e mais atuais, praticados na maioria das vezes de forma autonomizada. A novidade consiste justamente na sua junção num todo compatibilizado e coerente, assumido como Modelo para o ordenamento físico da cidade atual (a concentrada e a dispersa), com aplicabilidade em planos estrutura/ zonamento, mas também ao nível do desenho urbano.
Outro tema muito tratado neste Livro e que, timidamente, parece voltar à tona é o da política fundiária. Considero-a, de há muito, o desafio chave de todo o ordenamento do território, numa sociedade que elevou a propriedade privada a direito fundamental e em que, por consequência, cada proprietário disputa com legitimidade o aumento da respetiva renda fundiária.
Tenho vindo a participar em trabalhos conducentes à elaboração de uma nova Lei[2] que estabeleça o regime do solo, tendo constatado haver consenso técnico na necessidade de assumir a fiscalidade sobre o imobiliário como instrumento de ordenamento do território e de consagrar a programação das operações urbanísticas, e as consequentes ações executórias, como prática corrente da administração urbanística municipal. Estes temas e consequentes propostas integram este Livro, de forma muito aprofundada.
Percebeu-se, finalmente, a importância da fiscalidade sobre o imobiliário na ocupação do território, as ações dos últimos Governos já revelam tal entendimento. Costumo referi-la como sendo a música de fundo que determina o comportamento padrão dos proprietários.
A fiscalidade até há pouco em vigor premiava o imobilismo e penalizava a iniciativa; os edifícios degradados e devolutos e os terrenos sem utilização são o resultado dessa fiscalidade.
Com a criação do IMI encetou-se, de forma tímida, um processo de alteração dessa situação. Atualmente está em curso uma rápida atualização do valor das matrizes, mas que acontece na pior altura, perante um mercado imobiliário quase paralisado e num quadro de mera busca de receitas. Só a prazo, ultrapassada que seja a atual crise económico-financeira, a medida se poderá revelar positiva.
Importa aprofundar o caminho iniciado, fazendo transitar a fiscalidade sobre o imobiliário da área das Finanças para a do Ordenamento e utilizando-a, progressivamente, como instrumento que estimule a utilização efetiva e adequada dos imóveis e que penalize a utilização desadequada e a não utilização. Seria importante, ainda, utilizar a fiscalidade como mecanismo de redistribuição perequativa da renda fundiária, assegurando também um financiamento adequado da infraestrutura pública.
No que respeita à programação municipal de operações urbanísticas, a sua quase inexistência não decorre da lei. Pelo contrário, o DL 380/99 estabelece claramente para o município a obrigação de programar e para os proprietários a obrigação de executarem as operações urbanísticas conforme o programado e em parceria. O recente DR 11/2009 mais veio reforçar estas disposições legais.
Poucos passos têm sido dados neste sentido, prevalecendo a inércia municipal. De facto, a lei aponta para procedimentos que exigem uma transformação profunda da atual administração urbanística, já não apenas regulamentar e licenciar, mas também e sobretudo tomar a iniciativa, juntar proprietários e promotores, organizar parcerias, perspetivar operações urbanísticas articulando desenho com perspetiva económico-financeira e empresarial. Pode ser que as recentes restrições financeiras obriguem os municípios a trilhar este caminho.
Considero que esta alteração da praxis urbanística, já prevista na lei, é indispensável para que o território possa transformar-se de forma ordenada. Planeamento pressupõe programação e consequente execução. Sendo que o ordenamento do território enquadra iniciativa dos mais diversos agentes, é importante que tenha a suficiente flexibilidade para as poder enquadrar ou rejeitar, incluindo oportunidades imprevistas.
Mas não pode assentar no casuísmo, tem que assegurar que se concretizam as operações de que o território mais necessita. Para tal, no quadro atual, não se vislumbra alternativa que não seja a da junção de meios privados em parceria, por iniciativa municipal, funcionado os meios públicos como supletivos[3].
Uma última nota, também esta relativa a um tema bastante abordado neste Livro, mas em que as dinâmicas instaladas são opostas às que preconizo, sendo estas as de uma gestão integrada das infraestruturas, diferenciadas em função da escassez.
Afigura-se adequado que os custos de exploração/gestão/conservação das infraestruturas de utilização coletiva sejam suportados pelos seus utilizadores diretos através de prestações pontuais ou periódicas, em função do serviço que têm ao seu dispor e/ou do que vão consumindo. Mas o papel da tarifa (tal como o da taxa) não deveria ser apenas o da obtenção de receitas, mas também o de exercer uma pedagogia, induzindo comportamentos, considerando externalidades, visando racionalidade funcional e económica na utilização do território. Para tal, deveriam ser praticados custos marginais de congestionamento, que se poderiam traduzir em valores muito elevados, baixos, ou até nulos, assegurando um equilíbrio económico-financeiro global e não, necessariamente, o de cada uma das infraestruturas.
Uma política seletiva de tarifação exigiria, então, que a infraestrutura coletiva fosse gerida de forma global, o que questiona frontalmente a atual política de privatizações e a atitude fundamentalmente comercial e financeira dela decorrente. Quando se perspetiva, inclusivamente, a privatização de monopólios naturais, é óbvio que o caminho traçado é desadequado a uma gestão racional dos recursos; neste caso é o primarismo ideológico a negar o próprio paradigma (de mercado/concorrência) em que se suporta.
Reafirmo, então, que as propostas contidas no Ordenar a Cidade (coincidindo ou não com opiniões técnicas, instrumentos nacionais ou dinâmicas atuais) apontam um caminho para uma necessária e profunda alteração da prática urbanística em Portugal, mantendo toda a sua atualidade.
Faço apenas notar que uma ideia já defendida no livro – a aposta na reabilitação e o travar da expansão urbana – se tornou entretanto uma necessidade gritante, que importa assumir, para além da crise, como opção fulcral em qualquer processo de ordenamento de cidades portuguesas.
Abril de 2013
Jorge Carvalho
[1] Conceito desenvolvido noutro trabalho, que integra os de bairro e de unidade de vizinhança, mas assumindo maior precisão e maior abrangência.
[2] Perspetivada pelo governo anterior como nova Lei do Solo e pelo atual como Lei de Bases do Solo e do Ordenamento do Território; ver site http://novaleidosolo.dgotdu.pt.
[3] Ver Carvalho, Jorge (2008) “Organização de Unidades de Execução”, em revista “Direito Regional e Local”, n.º 2, pág. 32-40.
Ver mais:
http://ordenaracidade.pt/trabalhos/#ordenar-a-cidade
http://www.bubok.pt/livros/6926/Ordenar-a-Cidade
Jorge Carvalho
2013
Contributo para um melhor ordenamento do território urbano, em que o Autor, descontente e inconformado com o processo de transformação do território que tem vindo a acontecer, em Portugal, nas últimas décadas, e partindo da análise relativa a dezasseis capitais de distritais do Continente (que não Lisboa e Porto), procura formular um modelo para as cidades portuguesas.
Tal modelo de ordenamento procura incorporar, de forma articulada, orientações para a organização territorial da cidade, para o desenvolvimento de uma política fundiária, e para o adequado financiamento da infraestrutura pública.
“Ordenar a cidade” exprime também a necessidade sentida pelo Autor de abrir um patamar de investigação e reflexão que incorporasse a experiência profissional acumulada e que a confrontasse com outras práticas e outros saberes.
PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO
Foi na viragem de século, já lá vai uma dúzia de anos, que escrevi o Ordenar a Cidade. Reedita-se agora sem qualquer alteração porque, infelizmente, o diagnóstico relativo a cidades portuguesas e o conteúdo das propostas de ordenamento que integram se mantêm atuais. Factos posteriores vieram confirmar o que na altura se conhecia e se perspetivava. Exercício profissional e posterior investigação permitiram aprofundamentos mas, no essencial, validação das propostas então formuladas.
A crise do imobiliário, que não se sabia quando ocorreria mas já se adivinhava inevitável, travou a dinâmica edificatória galopante, mas não originou alterações qualitativas significativas na forma como o território tem vindo a ser ocupado.
Olhando para as cidades portuguesas na sua generalidade e globalidade, confirma-se a leitura – hoje mais óbvia que então – de que não têm crescido de forma organizada, poucas vezes obedecendo a estratégia ou modelo de ordenamento que sejam percetíveis.
As dinâmicas instaladas traduzem-se, maioritariamente, em novos fragmentos urbanos e edificações dispersas, desarticulados e casuísticos, alimentados por uma mobilidade assente no automóvel individual.
Numa visão quantitativa, os Censos de 2011 revelam que se manteve a relação que tem caracterizado as relações entre população e alojamento em Portugal: crescimento significativo do número de famílias, essencialmente explicado por profundas alterações sociológicas, traduzidas na diminuição do rácio pessoas/família; crescimento muito maior do número de alojamentos, com o consequente aumento de fogos vagos e de segunda residência. Nesta década, como nas duas anteriores, o crescimento dos alojamentos ainda duplicou o crescimento das famílias.
Também a prática urbanística municipal se manteve sem grandes alterações, caracterizando-se fundamentalmente por:
– Existência de Plano Diretor Municipal (PDM) que, na sua maioria, se resume a um plano zonamento, com perímetros urbanos muito alargados, estabelecendo usos dominantes e regras edificatórias quantitativas.
– Licenciamento urbanístico casuístico, fechado nos limites de cada propriedade, dependendo da vontade (ou da falta dela) de cada proprietário, aceite ou recusado em função do PDM.
– Algumas, não muitas, operações urbanísticas de iniciativa pública, quase sempre subordinadas às oportunidades decorrentes de fundos estruturais europeus.
– Tendência para viabilizar qualquer proposta de investimento de grande dimensão, mesmo quando exija alteração do plano, já que é assumida como oportunidade de desenvolvimento.
Novidade apenas, talvez, alguma assimilação dos paradigmas sustentabilidade, estratégia e governança, com forte expressão ao nível discursivo, mas com poucas consequências, para além da de serem invocadas (com ou sem coerência) na justificação das iniciativas públicas ou privadas de maior dimensão.
Não obstante realizações pontuais qualificadoras do território, algumas até de indiscutível qualidade, a grande maioria das operações urbanísticas, os investimentos realizados pelos diversos e numerosos agentes que atuam no território, têm-se mantido casuísticos, desarticuladas entre si, delapidando recursos, não originando ordenamento.
As propostas contidas no Ordenar a Cidade mantêm-se, então, totalmente atuais, sendo que algumas delas (não todas) coincidem com opiniões técnicas e com documentos oficiais nacionais entretanto consensualizados ou produzidos.
Abordam-se aqui, de forma seletiva e sintética, confrontando-as com pensamento e dinâmicas atuais.
Contrariar o espalhar de novas urbanizações e edificações pelo território, apostar na reabilitação e colmatação urbanas, é objetivo que parece reunir consenso.
Na Europa, mais de 50% do investimento em habitação tem ocorrido na recuperação e renovação de edifícios existentes; em Portugal apenas 10%. Esta simples comparação, e os muitos edifícios degradados presentes em todo o território, põem em evidência o desperdício de recursos a que temos assistido e o mau viver que acarreta.
PNPOT, demais documentos oficiais e perspetivas de apoio financeiro apontam o caminho da reabilitação. As associações de industriais já espreitam essa oportunidade. Perfila-se, pois, como um caminho a percorrer, exigindo alterações ao nível da fiscalidade (IMI, IRC e IRS), na prática do ordenamento do território e em todo o sistema produtivo associado à construção civil.
A problemática da ocupação dispersa tem sido, também, crescentemente considerada. PNPOT, PROT e demais documentos oficiais apontam claramente o objetivo de combater o seu alastramento.
Concluída, agora, a investigação Ocupação Dispersa: custos e benefícios, à escala local (que coordenei e que será objeto de publicação), nela se confirma que a ocupação dispersa é muito mais dispendiosa que a concentrada, pelo menos no que respeita ao consumo de solo e ao custo das infraestruturas, justificando-se assim a decisão de contrariar o seu alastramento.
Mas, para além disso, há que assumir e ordenar a ocupação dispersa existente, neste Livro designada como cidade campestre, designação com a qual se pretendia sublinhar o facto de ela fazer parte da atual cidade alargada. Reconhecendo a própria realidade, seria útil abandonar o atual paradigma legal que obriga à classificação dicotómica do solo como urbano ou rural. A ocupação dispersa existe, pode ser delimitada, e corresponde a uma mistura entre urbano e rural, que como tal deveria ser assumida, estabilizada e ordenada.
Tal ordenamento exige conceitos e regras próprias, nomeadamente:
– Reconhecimento da existência de áreas agrícola/florestais da cidade alargada (assim se denominam neste livro), para as quais deveriam ser estabelecidos usos e estatuto próprios, apoios e condicionantes, eliminando a expectativa de poderem vir a ser urbanizados.
– Clarificação do nível de serviço de infraestrutura pública em cada área de ocupação dispersa (inferior ao da concentrada), explicitação dos respetivos custos, clarificação sobre quem os deverá suportar.
O presente Livro encara, então, a atual cidade alargada, a qual integra áreas de edificação concentrada que importa reabilitar e colmatar, mas também áreas de ocupação dispersa que necessitam de ser ordenadas.
Para ordenar esta cidade alargada aponta diversos caminhos (e respetivos fundamentos teóricos) que, em nova investigação que agora se perspetiva, constituem ponto de partida para formulação de metodologia para o ordenamento (físico) de territórios urbanos, e que denominamos Matriz de Ordenamento.
Tal Matriz assenta em Redes Estruturantes (essencialmente, rede de mobilidade, estrutura ecológica e polos de vivência, elementos estruturantes que se pretendem articulados entre si) e em Unidades Territoriais (cada uma delas com a sua vivência e identidade próprias e, quando possível, com as suas fronteiras, que se pretendem percetíveis, mas também permeáveis e amigáveis). É aplicável a cada um dos diversos âmbitos territoriais (área metropolitana, cidade alargada, parte de cidade, unidade territorial de base1[1]), visando a articulação entre todos e cada um dos elementos estruturantes, hierarquizados, associáveis a cada um dos âmbitos considerados.
Esta proposta metodológica reúne conceitos diversos, antigos e mais atuais, praticados na maioria das vezes de forma autonomizada. A novidade consiste justamente na sua junção num todo compatibilizado e coerente, assumido como Modelo para o ordenamento físico da cidade atual (a concentrada e a dispersa), com aplicabilidade em planos estrutura/ zonamento, mas também ao nível do desenho urbano.
Outro tema muito tratado neste Livro e que, timidamente, parece voltar à tona é o da política fundiária. Considero-a, de há muito, o desafio chave de todo o ordenamento do território, numa sociedade que elevou a propriedade privada a direito fundamental e em que, por consequência, cada proprietário disputa com legitimidade o aumento da respetiva renda fundiária.
Tenho vindo a participar em trabalhos conducentes à elaboração de uma nova Lei[2] que estabeleça o regime do solo, tendo constatado haver consenso técnico na necessidade de assumir a fiscalidade sobre o imobiliário como instrumento de ordenamento do território e de consagrar a programação das operações urbanísticas, e as consequentes ações executórias, como prática corrente da administração urbanística municipal. Estes temas e consequentes propostas integram este Livro, de forma muito aprofundada.
Percebeu-se, finalmente, a importância da fiscalidade sobre o imobiliário na ocupação do território, as ações dos últimos Governos já revelam tal entendimento. Costumo referi-la como sendo a música de fundo que determina o comportamento padrão dos proprietários.
A fiscalidade até há pouco em vigor premiava o imobilismo e penalizava a iniciativa; os edifícios degradados e devolutos e os terrenos sem utilização são o resultado dessa fiscalidade.
Com a criação do IMI encetou-se, de forma tímida, um processo de alteração dessa situação. Atualmente está em curso uma rápida atualização do valor das matrizes, mas que acontece na pior altura, perante um mercado imobiliário quase paralisado e num quadro de mera busca de receitas. Só a prazo, ultrapassada que seja a atual crise económico-financeira, a medida se poderá revelar positiva.
Importa aprofundar o caminho iniciado, fazendo transitar a fiscalidade sobre o imobiliário da área das Finanças para a do Ordenamento e utilizando-a, progressivamente, como instrumento que estimule a utilização efetiva e adequada dos imóveis e que penalize a utilização desadequada e a não utilização. Seria importante, ainda, utilizar a fiscalidade como mecanismo de redistribuição perequativa da renda fundiária, assegurando também um financiamento adequado da infraestrutura pública.
No que respeita à programação municipal de operações urbanísticas, a sua quase inexistência não decorre da lei. Pelo contrário, o DL 380/99 estabelece claramente para o município a obrigação de programar e para os proprietários a obrigação de executarem as operações urbanísticas conforme o programado e em parceria. O recente DR 11/2009 mais veio reforçar estas disposições legais.
Poucos passos têm sido dados neste sentido, prevalecendo a inércia municipal. De facto, a lei aponta para procedimentos que exigem uma transformação profunda da atual administração urbanística, já não apenas regulamentar e licenciar, mas também e sobretudo tomar a iniciativa, juntar proprietários e promotores, organizar parcerias, perspetivar operações urbanísticas articulando desenho com perspetiva económico-financeira e empresarial. Pode ser que as recentes restrições financeiras obriguem os municípios a trilhar este caminho.
Considero que esta alteração da praxis urbanística, já prevista na lei, é indispensável para que o território possa transformar-se de forma ordenada. Planeamento pressupõe programação e consequente execução. Sendo que o ordenamento do território enquadra iniciativa dos mais diversos agentes, é importante que tenha a suficiente flexibilidade para as poder enquadrar ou rejeitar, incluindo oportunidades imprevistas.
Mas não pode assentar no casuísmo, tem que assegurar que se concretizam as operações de que o território mais necessita. Para tal, no quadro atual, não se vislumbra alternativa que não seja a da junção de meios privados em parceria, por iniciativa municipal, funcionado os meios públicos como supletivos[3].
Uma última nota, também esta relativa a um tema bastante abordado neste Livro, mas em que as dinâmicas instaladas são opostas às que preconizo, sendo estas as de uma gestão integrada das infraestruturas, diferenciadas em função da escassez.
Afigura-se adequado que os custos de exploração/gestão/conservação das infraestruturas de utilização coletiva sejam suportados pelos seus utilizadores diretos através de prestações pontuais ou periódicas, em função do serviço que têm ao seu dispor e/ou do que vão consumindo. Mas o papel da tarifa (tal como o da taxa) não deveria ser apenas o da obtenção de receitas, mas também o de exercer uma pedagogia, induzindo comportamentos, considerando externalidades, visando racionalidade funcional e económica na utilização do território. Para tal, deveriam ser praticados custos marginais de congestionamento, que se poderiam traduzir em valores muito elevados, baixos, ou até nulos, assegurando um equilíbrio económico-financeiro global e não, necessariamente, o de cada uma das infraestruturas.
Uma política seletiva de tarifação exigiria, então, que a infraestrutura coletiva fosse gerida de forma global, o que questiona frontalmente a atual política de privatizações e a atitude fundamentalmente comercial e financeira dela decorrente. Quando se perspetiva, inclusivamente, a privatização de monopólios naturais, é óbvio que o caminho traçado é desadequado a uma gestão racional dos recursos; neste caso é o primarismo ideológico a negar o próprio paradigma (de mercado/concorrência) em que se suporta.
Reafirmo, então, que as propostas contidas no Ordenar a Cidade (coincidindo ou não com opiniões técnicas, instrumentos nacionais ou dinâmicas atuais) apontam um caminho para uma necessária e profunda alteração da prática urbanística em Portugal, mantendo toda a sua atualidade.
Faço apenas notar que uma ideia já defendida no livro – a aposta na reabilitação e o travar da expansão urbana – se tornou entretanto uma necessidade gritante, que importa assumir, para além da crise, como opção fulcral em qualquer processo de ordenamento de cidades portuguesas.
Abril de 2013
Jorge Carvalho
[1] Conceito desenvolvido noutro trabalho, que integra os de bairro e de unidade de vizinhança, mas assumindo maior precisão e maior abrangência.
[2] Perspetivada pelo governo anterior como nova Lei do Solo e pelo atual como Lei de Bases do Solo e do Ordenamento do Território; ver site http://novaleidosolo.dgotdu.pt.
[3] Ver Carvalho, Jorge (2008) “Organização de Unidades de Execução”, em revista “Direito Regional e Local”, n.º 2, pág. 32-40.
Ver mais:
http://ordenaracidade.pt/trabalhos/#ordenar-a-cidade
http://www.bubok.pt/livros/6926/Ordenar-a-Cidade
1 de fevereiro de 2014
Planeamento de Equipamentos Locais
Autores:
Jorge Carvalho, Rita Marinho
2013
Este livro versa sobre Planeamento de Equipamentos, assumido como parte integrante (e importante) do Ordenamento do Território.
Os equipamentos prestam serviços à população e contribuem para o desenvolvimento e competitividade de cada local. Influenciam dinâmicas de ocupação, processos de sociabilização e fluxos de tráfego. São, inequivocamente, elementos estruturantes do Território. Não deveriam implantar-se de forma casuística, a sua existência e localização deveriam ser planeadas.
Em tal planeamento há que considerar a função, a especificidade e a necessidade de cada equipamento, de per si. Mas a localização deve decorrer de uma visão integrada da ocupação do território, visando a minimização de deslocações e a criação de sinergias funcionais e vivenciais.
O âmbito adequado para planear equipamentos é o da elaboração de planos de ordenamento que, pela sua própria natureza, não podem deixar de assumir essa visão integrada. Abordagens apenas sectoriais (como aconteceu recentemente em Portugal no planeamento de equipamentos educativos) são insuficientes e podem ser nefastas.
Este livro incide especialmente sobre Equipamentos Locais, associáveis à escala do bairro e a cerca de 3000 pessoas. Identifica e tipifica cada um destes equipamentos. Formula uma metodologia para os planear, partindo das existências e do cálculo de necessidades e visando Centros Locais atrativos e animados.
APRESENTAÇÃO
Este livro versa sobre Planeamento de Equipamentos Locais, justificando a sua necessidade, apontando critérios de satisfação relativos a cada equipamento e formulando metodologia de planeamento.
Tal metodologia assenta em quatro ideias fundamentais:
- Planeamento integrado e redes estruturantes às várias escalas territoriais, com centros locais integrados nessas redes estruturantes.
- Equipamentos integrados em centros locais.
- Respeito pelo existente; polivalência e complementaridade de e entre equipamentos.
- Iniciativa pública, com envolvimento de agentes, para concretização e, sobretudo, para a localização de equipamentos.
Este planeamento assenta, necessariamente, no conhecimento da população e das suas necessidades e no respetivo confronto com os equipamentos existentes. Mas, de acordo com as ideias formuladas, exige, para além disso:
- Visão integrada, traduzida em matriz articuladora de visões sectoriais sobre cada tipologia de equipamentos com perspetiva de ordenamento, identificando e considerando redes estruturantes e unidades territoriais de diversos âmbitos.
- Perspetiva executória, considerando e envolvendo os diversos agentes necessários à concretização e gestão dos equipamentos, os urbanísticos (proprietários e promotores) e os gestores dos equipamentos (públicos e privados).
O âmbito em que mais naturalmente poderá alcançar-se a pretendida visão integrada será a da elaboração de um plano estrutura-zonamento, orientador do desenho urbano, com opções estratégicas e orientações executórias. Falando de equipamentos locais, a escala mais adequada - ainda abrangente, mas já suficientemente próxima - afigura-se a do Plano de Urbanização.
Para que a localização dos equipamentos não ocorra de forma casuística, como tantas vezes tem acontecido, afigura-se indispensável integrá-los em operação urbanística planeada, o que, no quadro legal em vigor, se traduz em Unidade de Execução.
Este livro poderia chamar-se, então, “Planeamento de Equipamentos Locais, no quadro de um Plano de Urbanização, com recurso a Unidades de Execução”. Integra, assim, uma perspetiva integrada do Autor sobre dinâmicas e problemas atuais de territórios urbanos e sobre um caminho possÌvel para os ordenar.
Uma nota final: este livro foi de facto escrito em 2008, sendo que por vicissitudes várias só agora é editado. Para tal, foi objeto de revisão e de alguns ajustes decorrentes de alterações legislativas, nomeadamente sobre equipamentos escolares. Agradecemos a contribuição, em tais tarefas, da Ana Blanco e do Gil Ribeiro.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
1.1 Equipamentos: conceito, identificação e finalidades
1.2. Planeamento de equipamentos - justifica-se atualmente?
2. PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS
2.1. Prática recente
2.2. Critérios standard
2.3. Formulação de metodologia
3. CONCEITO TERRITORIAL DE “LOCAL”
3.1. Unidades Territoriais às várias escalas
3.2. Unidade Territorial de Base assumida como escala “Local”
3.3. Dimensionamento da UTB em função dos equipamentos
4. PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS LOCAIS
4.1. Recomendações metodológicas
4.2. Apresentação de caso:
Planeamento de Equipamentos no quadro da elaboração do Plano de Urbanização de
Oliveira de Azeméis
Bibliografia
Ver mais:
http://www.ordenaracidade.pt/trabalhos/#planeamento-de-equipamentos-locais
http://www.bubok.pt/livros/7040/Planeamento-de-Equipamentos-Locais-livro
Jorge Carvalho, Rita Marinho
2013
Este livro versa sobre Planeamento de Equipamentos, assumido como parte integrante (e importante) do Ordenamento do Território.
Os equipamentos prestam serviços à população e contribuem para o desenvolvimento e competitividade de cada local. Influenciam dinâmicas de ocupação, processos de sociabilização e fluxos de tráfego. São, inequivocamente, elementos estruturantes do Território. Não deveriam implantar-se de forma casuística, a sua existência e localização deveriam ser planeadas.
Em tal planeamento há que considerar a função, a especificidade e a necessidade de cada equipamento, de per si. Mas a localização deve decorrer de uma visão integrada da ocupação do território, visando a minimização de deslocações e a criação de sinergias funcionais e vivenciais.
O âmbito adequado para planear equipamentos é o da elaboração de planos de ordenamento que, pela sua própria natureza, não podem deixar de assumir essa visão integrada. Abordagens apenas sectoriais (como aconteceu recentemente em Portugal no planeamento de equipamentos educativos) são insuficientes e podem ser nefastas.
Este livro incide especialmente sobre Equipamentos Locais, associáveis à escala do bairro e a cerca de 3000 pessoas. Identifica e tipifica cada um destes equipamentos. Formula uma metodologia para os planear, partindo das existências e do cálculo de necessidades e visando Centros Locais atrativos e animados.
APRESENTAÇÃO
Este livro versa sobre Planeamento de Equipamentos Locais, justificando a sua necessidade, apontando critérios de satisfação relativos a cada equipamento e formulando metodologia de planeamento.
Tal metodologia assenta em quatro ideias fundamentais:
- Planeamento integrado e redes estruturantes às várias escalas territoriais, com centros locais integrados nessas redes estruturantes.
- Equipamentos integrados em centros locais.
- Respeito pelo existente; polivalência e complementaridade de e entre equipamentos.
- Iniciativa pública, com envolvimento de agentes, para concretização e, sobretudo, para a localização de equipamentos.
Este planeamento assenta, necessariamente, no conhecimento da população e das suas necessidades e no respetivo confronto com os equipamentos existentes. Mas, de acordo com as ideias formuladas, exige, para além disso:
- Visão integrada, traduzida em matriz articuladora de visões sectoriais sobre cada tipologia de equipamentos com perspetiva de ordenamento, identificando e considerando redes estruturantes e unidades territoriais de diversos âmbitos.
- Perspetiva executória, considerando e envolvendo os diversos agentes necessários à concretização e gestão dos equipamentos, os urbanísticos (proprietários e promotores) e os gestores dos equipamentos (públicos e privados).
O âmbito em que mais naturalmente poderá alcançar-se a pretendida visão integrada será a da elaboração de um plano estrutura-zonamento, orientador do desenho urbano, com opções estratégicas e orientações executórias. Falando de equipamentos locais, a escala mais adequada - ainda abrangente, mas já suficientemente próxima - afigura-se a do Plano de Urbanização.
Para que a localização dos equipamentos não ocorra de forma casuística, como tantas vezes tem acontecido, afigura-se indispensável integrá-los em operação urbanística planeada, o que, no quadro legal em vigor, se traduz em Unidade de Execução.
Este livro poderia chamar-se, então, “Planeamento de Equipamentos Locais, no quadro de um Plano de Urbanização, com recurso a Unidades de Execução”. Integra, assim, uma perspetiva integrada do Autor sobre dinâmicas e problemas atuais de territórios urbanos e sobre um caminho possÌvel para os ordenar.
Uma nota final: este livro foi de facto escrito em 2008, sendo que por vicissitudes várias só agora é editado. Para tal, foi objeto de revisão e de alguns ajustes decorrentes de alterações legislativas, nomeadamente sobre equipamentos escolares. Agradecemos a contribuição, em tais tarefas, da Ana Blanco e do Gil Ribeiro.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
1.1 Equipamentos: conceito, identificação e finalidades
1.2. Planeamento de equipamentos - justifica-se atualmente?
2. PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS
2.1. Prática recente
2.2. Critérios standard
2.3. Formulação de metodologia
3. CONCEITO TERRITORIAL DE “LOCAL”
3.1. Unidades Territoriais às várias escalas
3.2. Unidade Territorial de Base assumida como escala “Local”
3.3. Dimensionamento da UTB em função dos equipamentos
4. PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS LOCAIS
4.1. Recomendações metodológicas
4.2. Apresentação de caso:
Planeamento de Equipamentos no quadro da elaboração do Plano de Urbanização de
Oliveira de Azeméis
Bibliografia
Ver mais:
http://www.ordenaracidade.pt/trabalhos/#planeamento-de-equipamentos-locais
http://www.bubok.pt/livros/7040/Planeamento-de-Equipamentos-Locais-livro
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